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6 DE FEVEREIRO DE 2015

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Os partidos da oposição estão hoje a apresentar propostas de solução para os problemas detetados no

Sistema Nacional de Saúde? — perguntará o cidadão comum. Nada de mais falso, caro cidadão. O que a

oposição, em grande bloco, pretende fazer é tão só, por um lado, evidenciar a sua preocupação em competir

entre si e, por outro, gerar mais confusão e mais pânico na sociedade portuguesa.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. João Prata (PSD): — Hibernam quando não convém e desibernam quando lhes convém!

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Não diga mentiras, Sr. Deputado! Fale por si!

O Sr. João Prata (PSD): — E o caro cidadão reclamará: «mas eles apresentam soluções?» Dir-lhe-ei, caro

cidadão, que as propostas da oposição são exatamente tudo aquilo que o Governo vem concretizando, e as

pretensas soluções pecam ainda por omissão e demonstram, ainda por cima, o grande desconhecimento do

quotidiano das unidades de saúde e do grande esforço des envolvido por todos os seus profissionais, a quem

saudamos.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Essa é que é essa!

O Sr. João Prata (PSD): — Ao campeonato interoposições o Governo oferece a cooperação como método

de encontro de soluções. Veja-se a política do medicamento, veja-se a política de fixação e a contratação de

recursos humanos, contra a precariedade que vinha sendo desenvolvida pelo Partido Socialista. Veja-se,

depois, o que ontem foi anunciado pelo Sr. Ministro da Saúde: que iria isentar de taxas moderadoras os jovens

entre os 12 e os 18 anos. Nada disso aqui foi observado pelos partidos da oposição.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Os senhores é que o chumbaram!

O Sr. João Prata (PSD): — Posto isto, caros Deputados, o PSD não pode acompanhar redundâncias e

muito menos quer ser o árbitro dos jogos florais entre oposições, afirmando, antes, aos partidos da oposição, e

parafraseando um bonito tema da música portuguesa do grupo Humanos, «mudem de tom para que a vida

não seja apenas um lamento». Olhem que ser oposição não é apenas opor; é também propor.

E, já agora, ficámos a saber que a esquerda é a grande amiga do capital, é a grande amiga do grande

capital e não dá espaço de decisão aos governos, neste caso ao Governo da República Portuguesa.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Mas o que é isto?!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — A Sr.ª Deputada Helena Pinto acabou de inscrever-se para uma

nova intervenção.

Tem a palavra, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Preciso só de uns breves segundos

para me recompor da intervenção do Sr. Deputado João Prata.

Lamentavelmente, e num debate com esta importância — estamos a falar do Serviço Nacional de Saúde —

, as bancadas do PSD e do CDS fizeram aqui um discurso de partidos que se sentem acossados numa

matéria tão importante como esta. Foi exatamente isso que se passou, Sr. Deputado, e é natural que o façam,

porque estão em completa dessintonia com a realidade.

Aliás, é interessante ver que o Sr. Deputado João Prata fala de pânico, que a oposição faz isto e aquilo.

Mas, Sr. Deputado, pânico?! O Sr. Deputado deveria ir às urgências, a qualquer uma, para ver qual é o pânico

que lá existe. Ou melhor, o desespero das pessoas que lá estão 6, 10, 12 horas! Era isso que o Sr. Deputado

deveria fazer: ir lá!

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