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I SÉRIE — NÚMERO 56

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prevenção, porque precisamos de fazer também prevenção para podermos ter condições para diminuir o

combate, que julgo ser o que todos desejamos, não promovendo um combate que venha compensar a falta de

prevenção. Isso é que me parece uma lógica absolutamente errada.

Ora, quando pensamos naquilo que falta fazer em termos de cadastro florestal ou quando pensamos…

Protestos do Deputado do CDS-PP Artur Rêgo.

Sr. Deputado Artur Rêgo, peço-lhe que se contenha nos gestos, por favor.

Risos do CDS-PP.

Quando pensamos nas asneiras cometidas por parte do Governo, designadamente no diploma relativo à

arborização e à rearborização, que abre totalmente a porta ao eucalipto, percebemos que há aqui qualquer

coisa que não está a jogar.

Depois, Sr.ª Ministra, queria dizer que 80% das ignições têm origem na negligência, a qual parece, então,

ser a causa mais significativa, do total de causas apuradas. Gostava de saber o que é que o Governo pensa

empreender em matéria da sensibilização, uma questão que julgo ser extraordinariamente importante em

matéria de fogos florestais.

Por último, Sr.ª Ministra, gostava de lhe colocar a seguinte questão: a Sr.ª Ministra veio referir,

relativamente aos equipamentos de proteção individual, que a maioria desses equipamentos seria

disponibilizada antes da fase mais crítica. Foi o que disse nas respostas às perguntas anteriores e eu gostava

de ter uma ideia mais precisa do que é que isto significa. Quantos bombeiros vai proteger?

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente António Filipe.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Termino, Sr. Presidente.

Quantos bombeiros vai deixar de fora?

Para terminar, relativamente às dificuldades financeiras das corporações, a Sr.ª Ministra anunciou que

haverá um financiamento 10% superior ao valor atual. Gostava de saber se isso significa que não vamos

assistir àquele cenário das brutais dificuldades financeiras dos bombeiros em plena época de fogos, isto é, se

isso ficará, de facto, garantido.

Muito obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula

Santos.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Sr.ª Ministra, há

muito que as associações de bombeiros reivindicam uma lei de financiamento que lhes garanta as condições

adequadas para assegurarem o socorro às populações.

As dificuldades de financiamento a que as associações de bombeiros estão votadas conduzem-nas para

situações absolutamente insustentáveis e precárias, onde faltam equipamentos individuais, viaturas e outros

equipamentos, onde há falta de pessoal, e sem qualquer perspetiva de solução.

Nos últimos anos, muitas associações de bombeiros perderam pessoal, não conseguiram substituir as

viaturas e os equipamentos, andando, muitas vezes, com equipamentos obsoletos, colocando, inclusivamente,

a vida dos bombeiros em risco, chegando até a ter viaturas de emergência paradas por falta de combustível,

porque não há financiamento para o funcionamento corrente, como ocorre em Constância.

Na sequência do relatório do Grupo de Trabalho para a Análise da Problemática dos Incêndios Florestais

foi aprovada por unanimidade, na Assembleia da República, uma resolução que recomenda ao Governo, no

ponto 2.10, «ajustar a lei de financiamento dos corpos de bombeiros, estabelecendo critérios rigorosos e

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