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6 DE MARÇO DE 2015

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Mas, como os Srs. Deputados habituaram os portugueses a um discurso derrotista, um discurso que não

acredita em Portugal, um discurso que falha constantemente nas vossas previsões, o Sr. Deputado nem com a

PlayStation conseguiu desmentir os tais factos e a tal goleada de que há pouco falávamos.

Mas fez outra vez menção ao relatório da Comissão Europeia. Queria aqui dizer-lhe, Sr. Deputado, que já

todos percebemos: o Partido Socialista, esse Partido Socialista que na história democrática se habituou a

chamar a troica a Portugal, é, de facto, Sr.ª Presidente, o partido mais troiquista do que a própria troica. Agora,

é o Partido Socialista que diz que não ouvimos a Comissão Europeia, que não ouvimos as instituições que

faziam parte da troica. Portanto, o Partido Socialista continua saudoso da troica, que tanto gostou de chamar a

Portugal em 2011, como já tinha feito em duas outras ocasiões na nossa história democrática.

O Partido Socialista, Sr.ª Presidente, veio aqui também falar em políticas setoriais. Há pouco, já discutimos

a saúde. Agora, falou de educação. E pensei que o Partido Socialista vinha dizer que, em 2011, a taxa de

abandono escolar precoce era de 23% e, hoje, é de 17,4%, isto é, que baixou significativamente. Pensei que o

Partido Socialista vinha hoje dizer que os alunos que precisavam de acesso às bolsas de ação social, hoje

recebem mais rápido e de forma mais justa.

Mas também falaram da justiça. E pensei que vinham aqui dizer que, nestes últimos três anos, se fizeram

reformas profundas na justiça, a saber, no Direito Penal, na ação executiva. Pensei que vinham aqui dizer que,

hoje, o número de pendências é muito menor. Mas o Partido Socialista não vive só, em Lisboa, de taxas e

taxinhas, vive também, no Parlamento, de casos e casinhos. O Partido Socialista não consegue ter, Sr.ª

Presidente, uma visão séria e estrutural daquilo que são os setores dos serviços públicos e da Administração.

Mas, Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, quero dizer-lhe que aquilo que coloca verdadeiramente em causa

o Estado social é o défice e a dívida. E aí, de facto, os senhores foram, e são, uns especialistas.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Vou concluir, Sr.ª Presidente, deixando uma pergunta muito clara ao

Sr. Deputado Pedro Delgado Alves. O Dr. António José Seguro disse que uma das coisas que os portugueses

rejeitam são os políticos que dizem uma coisa em público e outra em privado para contentar dois públicos.

Ora, nós ouvimos, há duas semanas, declarações do Dr. António Costa, dizendo que os portugueses

venceram a crise, que Portugal saiu das dificuldades e que Portugal está diferente. E ouvimos aqui o Partido

Socialista com um discurso completamente diferente.

É ou não verdade, Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, que os portugueses estão fartos de políticos com

dois discursos? Qual é o discurso do Partido Socialista? É o do Dr. António Costa, que acredita em Portugal e

que Portugal está melhor, ou é o vosso, o dos senhores que, aqui, para fins eleitoralistas, continuam a dizer o

pior deste País, este País que nós, todos os dias, nos esforçamos por puxar para a frente, porque acreditamos

nas portuguesas e nos portugueses?

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Em qual dos países devem acreditar os portugueses? No que o Dr.

António Costa retrata ou naquele do qual vocês fazem aqui constantemente um retrato fantasioso?

Aplausos do PSD.

O Sr. Jorge Fão (PS): — Não seja demagogo!

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Delgado Alves.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr.ª Presidente, vamos, então, procurar empatar a sete e, depois,

marcar mais golos, para ultrapassarmos o jogo da PlayStation do Sr. Deputado Hugo Soares.

Em primeiro lugar — facto n.º 1 —, a ajuda externa acabou. É verdade. Mas, curiosamente, a própria

Comissão Europeia sublinha que as coisas não estão a correr bem e que os desequilíbrios macroeconómicos

se mantêm todos.

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