O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 67

16

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Srs. Deputados, encerrado o debate do ponto 1 da ordem do dia, vou

dar a palavra ao Sr. Secretário, Deputado Pedro Alves, para fazer o favor de anunciar a entrada de uma

iniciativa legislativa.

O Sr. Secretário (Pedro Alves): — Sr. Presidente, é para anunciar à Câmara que deu entrada na Mesa o

projeto de resolução n.º 1386/XII (4.ª) — Definição de um conjunto de princípios a observar nas negociações

com o Governo dos EUA a propósito da Base das Lages (PSD, PS, CDS-PP, PCP, BE e Os Verdes), o qual

substitui todas as iniciativas apresentadas pelos grupos parlamentares.

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Srs. Deputados, iniciamos o ponto 2 da ordem do dia, que consiste

na discussão conjunta, na generalidade, das propostas de lei n.os

306/XII (4.ª) — Estabelece o processo de

reconhecimento da situação de prédio rústico e misto sem dono conhecido que não esteja a ser utilizado para

fins agrícolas, florestais ou silvopastoris e o registo do prédio que seja reconhecido enquanto tal, nos termos

do disposto no n.º 2 do artigo 9.º da Lei n.º 62/2012, de 10 de dezembro, 307/XII (4.ª) — Estabelece o regime

jurídico da estruturação fundiária e 304/XII (4.ª) — Procede à primeira alteração à Lei n.º 86/95, de 1 de

setembro, que aprova a lei de bases do desenvolvimento agrário.

Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Ministra da Agricultura e Mar.

A Sr.ª Ministra da Agricultura e Mar (Assunção Cristas): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O

objetivo central do Governo desenhado, traçado, desde o início deste mandato, foi o de aumentar a produção

agrícola nacional, aumentar as exportações, diminuir as importações e, com isso, caminhar para uma

autossubsistência alimentar medida em valor, a médio prazo. Para isso, temos mobilizado um conjunto muito

relevante e muito diversificado de políticas que concorrem todas para este objetivo.

Ora, as propostas que hoje o Governo traz a este Parlamento inserem-se nesse mesmo objetivo mais

vasto. Foi identificado, no conjunto de áreas políticas onde poderíamos trabalhar para favorecer um aumento

da produção agrícola nacional e, também, da produção florestal, claramente a área da terra, a área do bom e

do melhor aproveitamento dos nossos recursos fundiários para que se possa produzir mais e este foi

identificado, desde logo, como sendo um ponto crítico para os jovens agricultores, muitas vezes com

dificuldade no acesso à terra.

Por isso, começámos a trabalhar, desde muito cedo, em várias matérias, desde logo na bolsa de terras,

cuja lei foi aprovada por esta Casa e que, neste momento, está já a dar os seus primeiros frutos.

Trabalhámos no diploma das ZIF (zonas de intervenção florestal), trabalhámos em oito medidas muito

específicas da fiscalidade para a floresta, em que várias delas têm incidência clara em matéria de estruturação

fundiária, favorecendo uma agregação de terras, nomeadamente no contexto das zonas de intervenção

florestal. Faltavam-nos estas peças legislativas para poder completar um dossier mais vasto, que é aquele que

toca nesta matéria e que também passou, por exemplo, pela Lei dos Baldios, mais uma lei aprovada por este

Parlamento.

Devo dizer-vos que, ao longo deste tempo, trabalhámos a par e passo com o Ministério do Ambiente, que

está a tratar da matéria do cadastro e que, brevemente, também terá um desenlace — aliás, matéria que foi

identificada ao nível da Resolução do Conselho de Ministros n.º 56/2012 e que enquadrou trabalho de grupos

de trabalho que envolveram vários ministérios e, no caso, o Grupo de Trabalho GERAR (Estratégia para a

Gestão e Reestruturação Rural), que estudou todas estas matérias e propôs melhorias legislativas nos vários

tópicos.

Hoje, trazemos ao Parlamento três propostas de lei concretas e vou deter-me um pouco sobre cada uma

delas.

A primeira tem a ver com a regulamentação da bolsa de terras. Se bem se recordam, porque a lei é desta

Casa, era, e é preciso, legislar sobre o procedimento destinado à inserção na bolsa de terras daquele grupo de

terras abandonadas e sem dono conhecido.

O que esta proposta de lei faz é especificar e regulamentar o que já está na lei da bolsa de terras,

procurando ter um equilíbrio claro entre a proteção total dos direitos de um eventual proprietário, caso ele

venha a aparecer e, por isso, se prevê o período de reconhecimento da terra durante três anos, inserção na

Páginas Relacionadas
Página 0017:
28 DE MARÇO DE 2015 17 bolsa, durante esses três anos, com muitas restrições, apena
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 67 18 As excessivas alterações que este Governo tem
Pág.Página 18
Página 0019:
28 DE MARÇO DE 2015 19 Vozes do PS: — Muito bem! O Sr. Luís Pi
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 67 20 O Sr. João Ramos (PCP): — Aliás, depois de ter
Pág.Página 20
Página 0021:
28 DE MARÇO DE 2015 21 site, comunicando toda a informação. Os apoios que estão pre
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 67 22 A Sr.ª Ministra da Agricultura e Mar: — … e qu
Pág.Página 22
Página 0023:
28 DE MARÇO DE 2015 23 se a contratos de campanha, a contratos de arrendamento, enf
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 67 24 A Sr.ª Ministra da Agricultura e Mar: — Sr. Pr
Pág.Página 24
Página 0025:
28 DE MARÇO DE 2015 25 terras e não como aquele que promoveu uma alteração profunda
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 67 26 É, pois, crucial a existência de um regime jur
Pág.Página 26
Página 0027:
28 DE MARÇO DE 2015 27 O Sr. João Ramos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Go
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 67 28 O Governo demonstra mais uma vez, com este pac
Pág.Página 28
Página 0029:
28 DE MARÇO DE 2015 29 Portanto, vale a pena entenderem-se e espero que o debate na
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 67 30 A Sr.ª Ministra da Agricultura e Mar: — Repito
Pág.Página 30