O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

17 DE ABRIL DE 2015

37

serviços que permitam oferecer um conjunto de vantagens, designadamente novas oportunidades, para que

os profissionais, sejam economistas, sejam engenheiros, sejam engenheiros técnicos, tenham um mercado

mais alargado para poderem exercer as suas profissões.

No fundo, o que retiramos daqui? Que esta adaptação dos estatutos permite criar um conjunto maior de

oportunidades face àquilo que tínhamos anteriormente, gerar mais oportunidades de emprego, gerar um

mecanismo de maior mobilidade a esses mesmos profissionais, e isso para nós significa também produção de

maior riqueza.

Sr. Secretário de Estado, este processo que será culminado na Assembleia da República simboliza um

conjunto de mudanças, de adaptações e um processo de reformas que este Governo levou a cabo e que, do

nosso ponto de vista, é muito importante para, em suma, termos uma economia mais aberta e mais

competitiva no futuro.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana

Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Antes de mais, cumprimento os

Srs. Secretários de Estado e os representantes das Ordens profissionais cujos estatutos aqui debatemos hoje.

São três das várias dezenas de diplomas que chegaram um bocadinho à pressa a esta Casa, uma dezena e

meia no regulamento das profissões, outra dezena nas várias regulamentações de serviços. E chegaram à

pressa porque o Governo anda a toque de caixa da troica e quer despachar todas estas propostas antes do

final do mandato. Não o fez nos 90 dias que tinha para regulamentar e, por isso, invade agora a Assembleia

da República com estas dezenas de diplomas. Houve lentidão a trazê-los à Assembleia, o que obriga a que

agora haja uma demasiada pressa em tratar destes assuntos.

Nós vamos deixar este debate para a especialidade, até porque, como os diplomas não vieram

acompanhados do histórico do debate que o Governo teve com as Ordens, não temos capacidade, neste

momento, para ter uma análise muito aprofundada sobre as matérias que estamos a discutir. Quem sabe se

estes diplomas são ou não são bons para si são as Ordens e são os profissionais a quem as Ordens dizem

respeito.

Por isso é que era importante que, independentemente de o trabalho ter sido feito a montante com as

Ordens — e nós não desconfiamos que ele tenha sido feito —, esse histórico aqui chegasse. Isto porque,

quando avaliamos um diploma, queremos entender qual é a visão da respetiva ordem sobre esse diploma, que

propostas foram acolhidas e que propostas não foram acolhidas, quais são os riscos subjacentes às novas

alterações de estatutos… Ora, essa avaliação não a podemos fazer aqui, na Assembleia, primeiro, porque o

processo é apressado dando pouco tempo para ouvir, pedir e analisar contributos, segundo, porque esse

histórico não foi feito, e era importante que fosse feito e que chegasse à Assembleia com os diversos

pareceres.

Em termos gerais e do que estas propostas têm traduzido, e porque já vamos analisando várias, preocupa-

nos duas questões, em particular.

A primeira diz respeito à liberalização das profissões. Nem sempre, ou raramente, isto se traduz em

proteção de profissionais. Até que ponto é que, ao liberalizar, estamos a criar um mercado mais flexível e fácil

para todos podermos trabalhar ou, pelo contrário, estamos a desproteger aqueles que já trabalham, não

criando as condições ou dificultando que desempenhem as suas funções com todas as condições que

necessitam?

Em segundo lugar, preocupa-nos, de forma transversal a estas propostas, a consagração dos estágios, e

isto tem sido transversal. Não temos nada contra que haja estágios profissionais ou estágios ligados às ordens

quando alguém acaba um curso e entra na sua carreira, mas vemos, no geral, uma acumulação de estágios —

estágios curriculares, estágios profissionais, estágios para a ordem, estágios para ganhar currículo… São

cada vez mais estágios, o que se traduz em cada vez mais gente a trabalhar com cada vez menos direitos e

acho que hoje podemos concluir, com alguma certeza e análise factual, que temos estágios a mais e

empregos a menos.

Páginas Relacionadas
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 74 4 A Comissão A é uma das CPCJ (Comissão de Proteç
Pág.Página 4
Página 0005:
17 DE ABRIL DE 2015 5 Sr. Ministro, há questões que os senhores vão ter de e
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 74 6 Aplausos do PS. A Sr.ª Presidente
Pág.Página 6
Página 0007:
17 DE ABRIL DE 2015 7 O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social:
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 74 8 Claro que temos sempre a noção da realidade do
Pág.Página 8
Página 0009:
17 DE ABRIL DE 2015 9 matérias têm um trabalho de enorme mérito mas relativamente a
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 74 10 No Reino Unido, o programa Every Child Matters
Pág.Página 10
Página 0011:
17 DE ABRIL DE 2015 11 Falta de sentido de Estado, porque Portugal subscreveu a Con
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 74 12 Aplausos do PS. São estas
Pág.Página 12
Página 0013:
17 DE ABRIL DE 2015 13 A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — Ou seja, e para res
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 74 14 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs
Pág.Página 14
Página 0015:
17 DE ABRIL DE 2015 15 O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente! <
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 74 16 Os exemplos, Sr. Ministro, são bastantes. Aind
Pág.Página 16
Página 0017:
17 DE ABRIL DE 2015 17 O que lhe pergunto, Sr. Ministro, é o que é que nos tem a di
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 74 18 Mas, mais importante do que isso é que, no cas
Pág.Página 18
Página 0019:
17 DE ABRIL DE 2015 19 Mas, mais: percebemos também, do ponto de vista dessa mesma
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 74 20 O Sr. Ministro da Solidariedade, Empreg
Pág.Página 20
Página 0021:
17 DE ABRIL DE 2015 21 Há mais de um ano que o Governo encetou negociações com a Un
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 74 22 Mais: devemos também olhar — é uma questão que
Pág.Página 22
Página 0023:
17 DE ABRIL DE 2015 23 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma interv
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 74 24 consequências da violação de direitos fundamen
Pág.Página 24
Página 0025:
17 DE ABRIL DE 2015 25 Este Governo virou costas aos reformados e pensionistas, sob
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 74 26 E esse trabalho chegou ao fim. O Governo e o P
Pág.Página 26
Página 0027:
17 DE ABRIL DE 2015 27 Não se trata de o Estado se demitir das suas responsa
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 74 28 O Sr. Secretário de Estado da Solidarie
Pág.Página 28
Página 0029:
17 DE ABRIL DE 2015 29 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Não é verdade! <
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 74 30 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr.ª Dep
Pág.Página 30
Página 0031:
17 DE ABRIL DE 2015 31 capacidade de intervenção e aquilo que os senhores têm para
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 74 32 Estes novos estatutos têm dois objetivos muito
Pág.Página 32
Página 0033:
17 DE ABRIL DE 2015 33 participação das Ordens profissionais neste processo legisla
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 74 34 A todos estes profissionais, fundamentais na r
Pág.Página 34
Página 0035:
17 DE ABRIL DE 2015 35 Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: As ordens pro
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 74 36 Engenheiros Técnicos, constante do anexo I à p
Pág.Página 36
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 74 38 Portanto, alertamos: cuidado com a consagração
Pág.Página 38
Página 0039:
17 DE ABRIL DE 2015 39 O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Sr.ª Secret
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 74 40 para garantir a remuneração do trabalho dos es
Pág.Página 40
Página 0041:
17 DE ABRIL DE 2015 41 delega nas ordens competências que são públicas. Portanto, e
Pág.Página 41