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I SÉRIE — NÚMERO 81

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Já agora, Sr.as

e Srs. Deputados, não adianta também fazer um cenário de catástrofe, no sentido de que as

propostas aqui presentes levariam quase que ao fim da agricultura. A agricultura está mal, mas é por outros

motivos.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Já agora, Srs. Deputados, também gostaria de vos dizer que há alternativas e

de pedir que consultassem a resposta do Ministério da Agricultura à pergunta feita pelo Bloco de Esquerda,

onde são enumeradas, uma a uma, as alternativas que existem em relação à aplicação dos pesticidas,

dizendo que devem utilizar, preferencialmente, os meios de luta biológicos.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de concluir, Sr.a Deputada.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Não posso falar mais porque não tenho tempo para isso, mas estão aqui as

respostas.

O problema que se coloca é que é um problema muito sério, temos de refletir tudo, mas, entretanto, fica

tudo na mesma, deixamos andar e não tomamos a iniciativa para sermos, de facto, pioneiros em alguma

matéria, em matérias importantes de saúde pública.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Também para uma segunda intervenção, tem a palavra a Sr.ª

Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Depois de ouvir as

intervenções dos diversos grupos parlamentares, julgo que tenho até o dever de dizer à Câmara que temos

todos a obrigação de levar estas questões um pouco mais a sério. Às vezes, dá-me a ideia de que é tudo

tratado um pouco de ânimo leve: chega-se aqui com algumas parangonas e não se toma a atitude eficaz

necessária para aquilo que o dever nos chama a fazer.

Protestos da Deputada do CDS-PP Cecília Meireles.

Está aqui colocado um problema sério de saúde pública. Os portugueses, como, de resto, outros povos no

mundo, podem ser sobremaneira afetados pelas consequências da utilização massiva do glifosato. E nós aqui,

na Assembleia da República, cruzamos os braços e dizemos assim: «Ah, agora, está-se a estudar…» ou

«vamos esperar, não há alternativas…». Ou seja, tudo vale para que as pessoas continuem a ser ameaçadas

com este problema de saúde pública.

Sr. Deputado Abel Baptista, não sei se foi um lapso ou se o senhor está mesmo convicto de que é assim

quando diz que a Agência Europeia de Segurança Alimentar está a fazer estudos para desmentir esta

questão.

Sr. Deputado, às vezes, as coisas não parecem sérias! Fazem-se por interesse económico e não para

defender os interesses das populações e da salvaguarda da saúde pública. E qual é o grande interesse

económico aqui em jogo? São estes monstros, estas multinacionais, que agarraram os OGM e querem

dominar a agricultura ao nível internacional, pondo os agricultores reféns dos seus produtos, que é o que está

a acontecer relativamente ao glifosato.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Termino, Sr. Presidente.

Há alternativas? Claro que há alternativas! Claro que a ciência e a tecnologia encontram alternativas! Mas

os senhores não querem encontrar alternativas ao domínio desses monstros, que acabam, quando quiserem,

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