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8 DE MAIO DE 2015

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A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Gostaria de dizer que para falar com seriedade, aliás, como o Sr.

Ministro bem fez, implica reconhecer que há problemas, que há coisas que não estão bem, o que, no caso da

saúde, implica pessoas em sofrimento, e a isso certamente somos sensíveis e não somos indiferentes.

Queremos, por isso, melhorar o que não está bem e ir mais além.

Mas falar com seriedade e com rigor implica ir para além dos casos e ir para além de aspetos factuais,

implica apresentar e avaliar resultados, não instrumentalizar o sofrimento, nem gerar mais alarmismo social.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Nessa medida, gostaria de falar com seriedade dos hospitais,

para lembrar factos e resultados.

Desde 2011, e em tempo de crise e restrições, a cada seis meses regista-se a abertura de uma nova

unidade hospitalar. Foram feitos investimentos e obras em cerca de 30 serviços de urgência. Talvez se

justificasse então, também, uma reportagem nesses tais 30 serviços onde foram feitos esses melhoramentos.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Exatamente!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Aumentou-se em mais 917 milhões de euros/ano, o que

representa mais 23% face ao que acontecia anteriormente, o financiamento dos hospitais EPE (Entidades

Públicas Empresariais). E não se escandalizem por falarmos em redução da dívida, porque não estamos

apenas a falar de números, estamos a falar de mais pessoas que agora, sim, deixaram de ter o seu Serviço

Nacional de Saúde ameaçado e assim temos garantidos mais cuidados a mais pessoas.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Exatamente!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Aquilo a que temos de nos habituar também, a bem da seriedade,

é que, quando falamos de hospitais, temos de falar de uns dos maiores desafios atuais na saúde e na

sociedade, que são o envelhecimento e o aumento das doenças crónicas. Não podemos centrar-nos apenas,

neste debate, naquilo que se passa nos hospitais, argumentando com a redução do número de camas. Para

atender bem doentes crónicos e em fim de vida, é preciso aumentar a resposta que lhes é dada e de forma

mais adequada ao nível da área dos crónicos.

Nessa medida, gostaria, até, que o Sr. Ministro elaborasse o que realmente tem sido feito, porque, quando

se fala em redução do número de camas nos hospitais, não oiço falar do aumento do número de camas nos

cuidados continuados e da área dos paliativos, onde, claramente, é preciso ir mais além, mas que,

efetivamente, tem sido feito e com medidas claras que têm sido tomadas.

Nessa medida, e para concluir, Sr.ª Presidente, o que gostaria aqui de lembrar é que, apesar do vaticínio

do fim, do desmantelamento, da destruição do Serviço Nacional de Saúde, ele pode hoje, por via de medidas

que foram tomadas pela sua equipa, assegurar o acesso a mais portugueses e com maior eficiência.

Não queria aqui deixar de reconhecer o papel muito relevante dos profissionais de saúde que, numa altura

tão difícil e de crise, reafirmaram a qualidade e a competência do seu serviço.

Não posso, pois, deixar de dizer que insistiremos em que é preciso fazer mais e melhor, mas não podemos

é fazer um debate da saúde sem seriedade, a bem de todos os portugueses.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Pelo PCP, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, das suas palavras iniciais, retira-se a ideia de que

o modelo que o Governo prevê e postula para os hospitais é um modelo que funciona à base de médicos em

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