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I SÉRIE — NÚMERO 85

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Protestos do BE.

Os problemas de que o Deputado Bruno Dias falava no verão são crise de crescimento, são oportunidades

perdidas.

Eu quero uma TAP a voar cada vez mais alto. Eu quero uma TAP a empregar mais gente. Eu quero uma

TAP cada vez com mais posição estratégica no mundo. Eu quero uma TAP que leve a bandeira do País cada

vez mais longe e mais alto.

Protestos do PCP e do BE.

O que quer V. Ex.ª, afinal? Quer, apenas e só, fazer um conjunto de dissertações sobre o interesse

estratégico e, depois, não dizer como se paga ou como se faz? Poderá dizer: «Bom, mas o Governo tem

obrigação de injetar capital na empresa.» Eu, para não correr o risco de ser muito demagógico, gostava de

perguntar o seguinte, Sr.ª Deputada: sabe o que aconteceu em 1994? O Governo fez uma intervenção na TAP

ao abrigo das leis da União Europeia. Lembro que o líder do Partido Comunista Português só falou na

possibilidade de fazer uma intervenção, não falou nas consequências. Para ver se ainda conseguimos obter

algum esclarecimento no debate, diga quais são as consequências. Quantos trabalhadores é que têm de ser

despedidos? O que é que se deve reestruturar na empresa?

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Isto para ver se entendemos qual das soluções é, verdadeiramente, a

ideal.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Hélder Amaral, mude o argumento…

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Porquê? Não serve?!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — … porque hoje falamos de privatizações, não apenas da TAP, mas de

todas as privatizações que estão em causa, hoje, na economia e na sociedade portuguesas e a única coisa

que os senhores nos sabem dizer é: «E a greve dos pilotos da TAP?». Mais nada!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — É mais do que isso. É também sobre o porto de Pireu!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Deputado, não vale a pena repetir um argumento que já clarificámos

muitas vezes. Não apoiamos uma greve que não serve para defender a TAP contra a privatização e, portanto,

o Sr. Deputado quer usar a greve para desviar a discussão de onde ela devia estar focada e, mais, quer usar

as más experiências do passado para desculpar a má decisão que está a tomar no presente, que é a

privatização da TAP.

Quando a TAP comprou a Portugália, fazendo um mau negócio, ninguém ouviu o CDS a criticar as más

formas de gestão da TAP e como isso teria consequências no futuro. Quando a TAP comprou a VEM, unidade

de manutenção do Brasil, com elevados prejuízos, ninguém ouviu o CDS criticar e a dizer que problemas é

que isso teria para a TAP.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Ouviu, ouviu!

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