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14 DE MAIO DE 2015

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O Sr. João Galamba (PS): — Isso está tudo explicado no relatório! Não percebeu!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Deputado João Galamba, sei que não tenho a sua capacidade

fantástica de perceção, mas, apesar de tudo, terei alguma. E vejo tanta gente que não percebeu que me

atrevo a dizer que, se calhar, o problema é seu, que não explicou bem. Se calhar, é isso.

Aplausos do CDS-PP.

Mas olhe que os argumentos da autoridade são sempre característicos de quem tem pouca razão. Tenho

muito respeito pela capacidade técnica, tenho muito respeito por cenários económicos, mas vou dizer-lhe uma

coisa: às vezes, o bom senso vale mais do que 50 cenários económicos, e é isso que parece faltar.

É que, Sr. Deputado, se as pensões do próximo ano vão ser pagas com a receita do próximo ano, e se o

senhor tira centenas de milhares de euros da receita, tem de explicar como é que vai pagar as pensões — e é

isso que não é explicado.

Em segundo lugar, gostava também de falar dos complementos do cenário macroeconómico. E o cenário

está permanentemente desatualizado. É que, quando um partido adota também um segundo lema, que é

«cada semana, cada promessa» — e imagino que, à medida que as eleições se forem aproximando, vamos

passando para o «cada dia, cada promessa» —, esquece-se de atualizar o cenário.

Repare, Sr. Deputado, desde que o cenário saiu já tivemos o regresso às 35 horas de trabalho semanal

para a função pública; o fim da privatização da TAP (e, este ponto, dando o dito por não dito, porque tinham

sido os senhores a pôr a privatização da TAP no Memorando); o fim do quociente familiar do IRS, porque, por

preconceito puramente ideológico, o PS considera que a despesa com um filho tem de ser igual à despesa

com as obras numa casa…

O Sr. João Galamba (PS): — É isso mesmo!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … ou às despesas com uma pós-graduação.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Para efeitos de despesa, um filho não pode ser considerado como

uma pessoa que faça parte da família, não, um filho é como uma casa!

O Sr. João Galamba (PS): — É que é igual para os ricos e para os pobres!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — É um preconceito puramente ideológico mas que tem um significado,

tem um significado para as famílias com filhos.

A Sr.ª Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, terminei. Teremos com certeza oportunidade de

continuar este debate. Muito obrigada pela tolerância.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Nilza de Sena.

A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Sr.ª Presidente, agradeço as questões dos Srs. Deputados João Galamba

e Cecília Meireles.

Sr. Deputado João Galamba, um dia, será feita a história das suas últimas intervenções nesta Câmara…

O Sr. João Galamba (PS): — Vai haver história?! Das suas não vai haver nenhuma!

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