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14 DE MAIO DE 2015

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gravíssimo e afeta muitos portugueses, felizmente, hoje menos do que durante a recessão que a nossa

situação de bancarrota provocou, mas, em todo o caso, muitos mais do que aquilo que desejamos.

O Sr. Deputado refere a necessidade de resolvermos este problema, mas, na realidade, fala das previsões

do PS. As previsões positivas são uma boa notícia, mas, Sr. Deputado, se resolvêssemos o problema do

desempego com previsões, creio que ele já estaria resolvido há muito tempo! Para resolver o problema do

desemprego é preciso um bocadinho mais do que previsões.

Ora, isto leva-nos à questão do crescimento económico. Aquilo que me parece é que, a fazer-se o que o

PS quer, em relação ao tipo de crescimento económico em que o PS está apostado, no futuro, aliás, como já

aconteceu no passado, vai haver exatamente os mesmos resultados:…

O Sr. Jorge Fão (PS): — Isso são previsões!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … há um momento que é positivo, porque ele é completamente

insuflado por recurso ao crédito ou por medidas muito expansionistas de «porem dinheiro no bolso das

pessoas», mas, depois, mal desaparecem as medidas ou mal há um problema qualquer na conjuntura externa,

entramos em recessão fortíssima e mais profunda do que no resto da Europa.

Esta é a questão: queremos crescer, sim, mas sustentadamente, de forma a que o crescimento seja cada

vez mais robusto de ano para ano, não é com medidas feitas à pressão e que, mal são retiradas, levam a que

o crescimento desça outra vez.

Não é por acaso que o cenário macroeconómico do PS, quando começa a entrar em 2018 e 2019, já

começa a prever crescimento económico inferior ao seu cenário de base. É precisamente porque se origina

um pico que, depois, volta para baixo.

O Sr. João Galamba (PS): — Esse cenário vem do cenário base da Comissão Europeia!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP). — Não, estou a falar do cenário que é feito por cima do cenário da

Comissão Europeia, que é o vosso.

Em segundo lugar, sei que o Sr. Deputado tem um conhecimento vastíssimo nestas áreas. Percebo a ideia

do PS ao utilizar a TSU como alfa e ómega da política do emprego, seja a TSU do lado do empregado, seja a

TSU do lado do empregador, mas há duas coisas fundamentais que não são explicadas.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP). — Vou concluir, Sr.ª Presidente.

A primeira é como é que se vai compensar o rombo de receitas que vai haver na segurança social, porque,

por mais otimista que seja o cenário, não vai criar, pelo menos nos primeiros anos, postos de trabalho que

compensem, nem de perto nem, de longe, este rombo. Portanto, como é que vai pagar pensões?

A única maneira de compensar isto é através daquilo a que chama, eufemisticamente, a condição de

recurso nas pensões mínimas, sendo, na realidade, um corte nas pensões mínimas o que o PS está a propor.

O Sr. Deputado acha mesmo adequado fazer este plafonamento obrigatório, ou seja, que mesmo os

trabalhadores com rendimentos mais baixos sejam obrigados a descontar menos e, daqui a 10, 20 anos,

tenham reformas substancialmente inferiores? É mesmo por aí que o Partido Socialista quer ir? Creio que não

é!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Vieira da Silva, há hoje, na nossa

sociedade, um debate que «divide águas», que é o debate sobre os constrangimentos que pairam em relação

à nossa economia. Há neste debate um conjunto de pessoas que formam uma coligação no sentido de atacar

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