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14 DE MAIO DE 2015

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O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Vieira da Silva, começou por falar sobre as

questões demográficas e essa é uma matéria da maior relevância, que preocupa o PSD, os portugueses em

geral e o Parlamento em particular.

Aliás, trouxemos a debate as questões da demografia, sendo certo que é preciso referir o seguinte: estas

dinâmicas negativas da demografia já começaram há alguns anos, em 2007, 2008, 2009, quando o saldo já

era negativo, isto é, nascia menos gente do que as pessoas que morriam. Portanto, há uma dinâmica anterior,

para a qual os governos anteriores também não deram grandes contributos, como, por exemplo, na questão

do corte do abono de família.

Mas quero, sobretudo, centrar-me num aspeto referido pelo Sr. Deputado, que é o do PS não se resignar

em relação à situação. Pois, o PS não se resigna, o PSD também não se resigna e este Governo também não

se resigna. Falamos, pois, de resignação, Sr. Deputado, para lhe dizer o seguinte: o que aconteceu foi que

este Governo iniciou o seu mandato numa situação muito precária.

Fazendo um paralelo com o que aconteceu agora no Reino Unido, V. Ex.ª saberá que um dos aspetos mais

relevantes da campanha eleitoral do Cameron foi o facto de o anterior ministro das finanças trabalhista ter

deixado um papel a dizer: «Acabou o dinheiro». Não sei se V. Ex.ª viu imagens desta matéria, mas o anterior

ministro das finanças, inopinadamente mas com aquela fleuma britânica, deixou um papel escrito, na

secretária do futuro ministro das finanças, a dizer: «Acabou o dinheiro».

Ora bem, nós partimos desta situação. Por acaso, os senhores não deixaram nenhum papel escrito, mas a

verdade é que, convosco, tinha acabado o dinheiro. E nós resignámo-nos? Não, Sr. Deputado, não nos

resignámos. E, passados alguns anos de governação, o que é que nós temos?

Desemprego: há menos 75 000 desempregados no 1.º trimestre de 2015 face a 2014.

Emprego: foram criados 50 000 postos de trabalho no 1.º trimestre de 2015 face a 2014.

Economia: está a crescer largamente acima da média.

O Sr. João Galamba (PS): — Acima da média? Onde?

O Sr. João Oliveira (PCP): — Qual média? A média da União Europeia é a mesma, é 1,4!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Mais: as contribuições para a segurança social — um aspeto que interessa ao

Sr. Deputado —, no 1.º trimestre, cresceram 4,5%, muito acima do previsto, que era 4,1%. Isto é, mais 150

milhões de euros.

Portanto, Sr. Deputado, não nos estamos a resignar. Mas é preciso dizer a verdade aos portugueses e os

senhores hoje também têm de a dizer.

V. Ex.ª critica o facto de o Governo dizer que lamenta mas que, até 2019, não vai conseguir reduzir a taxa

de desemprego para valores abaixo dos 10%. Os senhores dizem: «Não conseguem? Nós conseguiremos!

Em 2019, chegaremos aos 7,4%!». Só não explicam como é que chegarão a esse valor!

Por isso, era muito importante que o Sr. Deputado nos dissesse, hoje, como é que, no vosso cenário, com

o crescimento a desacelerar em 2018 e em 2019, os senhores terão uma redução da taxa de desemprego

dessa forma tão notável.

Esta é uma questão essencial e também concordamos com o Sr. Deputado que o desemprego é, de facto,

um flagelo para a demografia, tal como é a economia. Mas hoje verifica-se uma inversão da situação, com a

taxa de desemprego a baixar, com a taxa de emprego a crescer, com a economia a desenvolver-se, com

repercussões práticas e diretas na vida das pessoas.

Sr. Deputado, por detrás do desemprego e do emprego, há uma pessoa, há uma família, há uma empresa,

há uma sociedade que quer crescer e reerguer-se.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Vieira da Silva.

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