O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

15 DE MAIO DE 2015

19

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Aliás, é precisamente no setor agrícola que esta organização mais se

encontra, com uma representação de cerca de 30% das cooperativas.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Recordo, a título de exemplo, que mais de 70% da produção nacional de leite

é comercializada pelo setor cooperativo, no vinho este valor é de 42%, no azeite é de 30% e nas frutas é de

25%.

Perante esta representatividade é fácil concluir que a política agrícola nacional não pode nunca ignorar esta

forma de organização, pelo contrário, tem de a incentivar e tem de a melhorar.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Defender um setor agrícola forte e próspero é apostar nas produções

sustentáveis, mas é, acima de tudo, estimular a sua comercialização de forma justa, criando oportunidades

para todos os tipos produtores, em particular para os mais pequenos, que têm as maiores dificuldades no

escoamento dos seus produtos. Como tal, defendemos a existência de mercados de proximidade como

alternativa comercial aos produtores de menor dimensão, mas também defendemos e consideramos que as

cooperativas têm um papel fundamental ao nível da concentração da oferta dos pequenos agricultores,

oferecendo-lhes a massa crítica tão desejada para subsistirem.

É assim uma oportunidade a possibilidade, introduzida neste código, da criação de associações entre

cooperativas e outras pessoas coletivas.

No mesmo sentido, as cooperativas que trabalham o desenvolvimento sustentável das suas comunidades

devem melhorar as relações entre si e a ligação com o mercado. Isto é essencial porque a concorrência é forte

e muito concentrada.

Srs. Deputados, a importância, que referi há pouco, do cooperativismo no setor agrícola diminuiu nos

últimos 15 anos, o que revela que muitas destas organizações cooperativas não souberam acompanhar o

ritmo das mudanças de uma economia mais concorrencial e em constante modernização.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — O Grupo Espírito Santo é que soube!

O Sr. Nuno Serra (PSD): — A sua falência prejudicou essencialmente os pequenos agricultores, aqueles

que não têm alternativas de mercado e que precisam mais destas cooperativas.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Exatamente!

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Por outro lado, houve outras que conseguiram resistir, e contam-se entre as

resistentes as cooperativas agrícolas especializadas em produtos de sucesso a nível nacional e internacional,

como é o caso da pera rocha do Oeste ou o do azeite da Cooperativa Agrícola de Portalegre, considerado por

alguns mercados como o melhor do mundo.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Pois é! Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas o código tem de valer para as outras todas!

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Nestes casos, os associados, embora se tenham mantido fiéis aos princípios

do cooperativismo, souberam ter uma visão direcionada para o mercado, apostando em produtos que têm

mais qualidade, maior valor acrescentado e que conseguem obter uma maior valia económica no mercado.

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 86 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, está abert
Pág.Página 2
Página 0003:
15 DE MAIO DE 2015 3 crescimento, com a característica, consabida, de que as instit
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 86 4 podemos chamar «a portugalidade». Vejamos no se
Pág.Página 4
Página 0005:
15 DE MAIO DE 2015 5 suportam o Governo, de forma privilegiada, para que apresentas
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 86 6 obter convergência foram precisamente aquelas q
Pág.Página 6
Página 0007:
15 DE MAIO DE 2015 7 Pretende-se, de novo, fragilizar o princípio da gestão democrá
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 86 8 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, ent
Pág.Página 8
Página 0009:
15 DE MAIO DE 2015 9 no Conselho Nacional de Economia Social, e refiro-me à admissi
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 86 10 A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP):
Pág.Página 10
Página 0011:
15 DE MAIO DE 2015 11 Por isso, este instrumento, que queremos moderno, dinâmico, c
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 86 12 lo à disposição do Parlamento, do setor cooper
Pág.Página 12
Página 0013:
15 DE MAIO DE 2015 13 Portanto, Srs. Deputados, entendam a pergunta: para que serve
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 86 14 Portugal (CONFAGRI), à ANIMAR (Associação Port
Pág.Página 14
Página 0015:
15 DE MAIO DE 2015 15 Quem retira apoios ao setor cooperativo, colocando-o em pé de
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 86 16 Os partidos da maioria, com esta proposta, per
Pág.Página 16
Página 0017:
15 DE MAIO DE 2015 17 O Sr. Bruno Dias (PCP): — O documento é outro e, sobre
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 86 18 Aliás, segundo a Confecoop, o Presidente da Co
Pág.Página 18
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 86 20 Assim, asseguram a sua função social através d
Pág.Página 20
Página 0021:
15 DE MAIO DE 2015 21 A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Creio, Sr.as e Sr
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 86 22 cooperativo moderno, exigente, capaz de se ada
Pág.Página 22
Página 0023:
15 DE MAIO DE 2015 23 Aplausos do PS. O Sr. Presidente (Guilherme Sil
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 86 24 Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!
Pág.Página 24
Página 0025:
15 DE MAIO DE 2015 25 Saúdo os cooperadores portugueses, independentemente das suas
Pág.Página 25