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6 DE JUNHO DE 2015

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O Sr. Deputado vai ouvir o que estou a dizer, pode ser que se recorde de qualquer coisinha e vai ver que

isto lhe é familiar.

Quando o Partido Socialista estava no Governo, em 2007, em pleno crescimento económico e ainda sem a

crise europeia de 2008, a taxa de desemprego estava em 7,5%. Com as políticas do Partido Socialista —

aquelas que agora quer recuperar — de injeção do investimento público para a criação de emprego, o

desemprego subiu de 7,5% para 12,5% em 2010. Repito: 12,5%, Sr. Deputado Ferro Rodrigues!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Para além de 150 000 postos de trabalho!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ou seja, a maioria herdou não só o Memorando de Entendimento,

não só a bancarrota, como uma taxa de desemprego de 12,5%.

É evidente que, com o programa que o Partido Socialista negociou e assinou em nome de Portugal, e nós

nunca o negámos, o desemprego subiu para valores inaceitáveis: 17,7%! Mas, depois, lentamente, começou a

descer para 16%, 15%, 13% e há previsões que dizem que iremos acabar esta Legislatura, apesar do

Memorando do Entendimento, do resgate, da bancarrota do Partido Socialista, com uma taxa de desemprego

muito similar àquela que nos deixaram. É alta? Com certeza! Merece medidas para que ainda a possamos

reduzir? Com certeza!

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — É sempre a mesma conversa!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Mas não deixa de ser confrangedor ver o PS, nomeadamente o seu

Secretário-Geral, o Dr. António Costa, tristonho, a desvalorizar, a dizer que não é uma boa notícia, que é uma

má notícia e até, de alguma forma, que é manipulação estatística.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Sabe que isso não é verdade!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ora, para nós, para os 90 000 portugueses que no último ano

conseguiram emprego, para os 36 000 que nos últimos quatro meses conseguiram emprego ou para os 11

000 que de um mês para o outro, ou seja, de março para abril, conseguiram emprego, esta não é má notícia

nem é manipulação estatística o facto de a taxa de desemprego ter descido. Isso devia ser uma boa notícia

para os senhores, porque é para estes portugueses. Mas parece que os senhores ficam tristes quando há

boas notícias.

A taxa de desemprego está alta? Com certeza! Temos de melhorar? Com certeza! Mas não é ficando

tristonho, negando as evidências e ocultando estes números que resolvemos os problemas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Sr. Primeiro-Ministro, gostaria ainda de lembrar o quarto e último facto que também foi esquecido pela

oposição, o relatório da OCDE, um relatório que a oposição tantas vezes gosta de citar quando as notícias são

menos boas.

O que é que anteontem ficámos a saber com o relatório da OCDE? A OCDE confirmou que Portugal vai

crescer mais, que tem menos dívida e que tem o défice controlado. De resto, é a primeira instituição

internacional que prevê um défice inferior a 3% e quando o preveem superior a 3% o PS recorda-o. Mas a

OCDE também prevê que haja mais criação de emprego, ou seja, menos desemprego no nosso País.

No entanto, há duas questões que não deixam de ser curiosas. O que é que a OCDE veio dizer? Veio dizer

que é preciso baixar progressivamente o IRC por forma a criar emprego com mais cooptação de investimento,

precisamente aquilo que, perante a oposição da oposição, o Governo tem feito.

Mas o mais curioso, Sr. Primeiro-Ministro, foi o que a OCDE disse sobre o Serviço Nacional de Saúde.

Passo a citar: «Há um progresso sustentado na melhoria da qualidade da saúde em Portugal, conseguindo

manter contenção na despesa», ou seja, Sr. Primeiro-Ministro, fazer mais e melhor com menos. A isto chama-

se boa gestão. É mais um conceito que o Partido Socialista, claramente, apagou na sua história.

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