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20 DE JUNHO DE 2015

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novo Governo, é natural que essa exigência redobre. Irão fazer outra vez a mesma coisa? Terão aprendido

com os erros do passado?

Vozes do PSD: — Não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Será que, depois da crise, que pelo menos ajudaram a criar, tiveram a

possibilidade de contribuir, ajudando o Governo, para que a crise se vencesse?

Vozes do PSD: — Não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Até hoje a resposta é negativa. Aquilo que observámos até hoje foi que o

Partido Socialista, que é muito responsável pelas políticas que nos conduziram à crise por que passámos,

receita ao País exatamente as mesmas políticas que nos conduziram a essa crise.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

E fica aborrecido, contrariado, por o Governo não as adotar.

Ora, na verdade, recusámos adotá-las e continuaremos a recusar adotá-las. Não porque não gostássemos

de andar mais depressa, não porque não gostássemos que a economia crescesse mais, não porque não

quiséssemos mais emprego. Queremos tudo isso! Julgo que não haverá nenhum político que não queira isso

para o seu país. Mas vai uma diferença muito grande entre querer isso e conseguir atingir isso.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Estamos num processo de credibilização, porque as pessoas veem que

estamos cada vez mais próximos de atingir aquilo que desejamos. E a receita que veem do outro lado é a

mesma aventura do passado, mesmo quando são aproveitadas todas as ocasiões para, sem reconhecer os

erros do passado, dar a ideia de que eles não se voltarão a repetir. Mas é só uma vaga ideia, porque todas as

medidas que são apresentadas têm a mesma finalidade: pôr dinheiro no bolso a toda a gente o mais depressa

possível e, se isso tiver um custo elevado no futuro, não tem problema porque até lá ficaremos ricos.

Evidentemente, haverá pessoas que ainda acreditarão nesta falácia. Mas, depois de tudo aquilo por que

passámos, são cada vez menos os que acreditam nesse tipo de milagre. Isto porque os portugueses sabem

aquilo que tiveram de passar para poder ver esta luz ao fundo do túnel.

É por isso que hoje preservamos muito esses resultados, que não são evidenciados por nós a título de

propaganda. Não precisamos de fazer propaganda, o que fazemos é chamar a atenção para os sacrifícios que

fizemos e para os resultados que eles nos permitiram alcançar. Foi porque nos custou muito chegar aqui que

preservamos o caminho que fizemos e achamos que a prudência só foi boa companheira.

Quanto ao futuro, Sr. Deputado, concordo. Precisaremos de voltar a fazer os nossos debates na esperança

de podermos ser permanentemente avaliados pela oposição, pelos partidos da maioria e pelos portugueses.

Mas cá estaremos para essa avaliação, porque o País está hoje mais livre do que esteve no passado.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, terminámos o debate quinzenal com o Sr. Primeiro-

Ministro.

Vamos passar ao segundo ponto, que consiste no debate preparatório do Conselho Europeu, ao abrigo da

alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei de Acompanhamento, Apreciação e Pronúncia pela Assembleia da

República no âmbito do processo de construção da União Europeia, com a presença, também, do Sr.

Primeiro-Ministro.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

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