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2 DE JULHO DE 2015

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Aqui, na Assembleia da República, desde o primeiro momento que demos voz a esta luta. Continuamos

atentos porque sabemos que este não é necessariamente um assunto encerrado. Não é caso arrumado por

uma razão muito concreta: porque estávamos a falar de um porto de águas profundas, vocacionado para o tal

transhipment que agora se afigura muito improvável no novo projeto que o Governo anuncia. Por isso,

continuamos a afirmar claramente — e termino, Sr. Presidente — que o desenvolvimento local e regional

passa por uma aposta nos setores produtivos, na pesca, no porto de pesca que exigimos para aquela região,

continua a passar pelo desenvolvimento sustentável, equilibrado e solidário, a apostar no turismo, sim senhor,

mas no desenvolvimento ribeirinho como um todo.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E estas medidas, que continuamos a exigir e que continuam a tardar, são

incompatíveis com estes desastres que foram anunciados e que continuam a pairar e a espreitar nos

interesses e nas agendas do poder económico. Por isso saudamos a luta decisiva das populações e

continuamos a reafirmar a nossa solidariedade ativa para esta luta pelo desenvolvimento soberano.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Eduardo

Cabrita.

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Antes de mais, gostaria de saudar,

a propósito desta petição, os autarcas do município de Almada e, se me permitem destacar, a então

Presidente da Câmara de Almada e a então Presidente da Junta de Freguesia da Trafaria, pelo papel

destacado que tiveram no levantamento das populações em torno desta matéria.

Mas este projeto, que correspondia a uma ilusão, correspondia a uma tragédia económica, correspondia a

uma mistificação, deve ser visto, hoje que está, aparentemente, afundado, como um símbolo daquilo que é a

tragédia para a região do que têm sido estes quatro anos de governação de direita.

Um Governo que conseguiu destruir tudo aquilo que é uma visão da península de Setúbal e do distrito de

Setúbal enquanto fachada atlântica da Europa, um Governo que atrasou, em quatro anos, tudo aquilo que são

as ligações de Sines à Europa, vinha aqui falar de mistificações, de um mega porto de águas profundas na

Trafaria, que hoje continua a alimentar ilusões, lançando estudos, projetos, em torno daquilo que já não sabe

se é um terminal regional ou se é a mera transferência dos atuais terminais de Alcântara, hoje para o Barreiro,

um dia, talvez, para Vila Franca, para Algés ou para o meio do Tejo.

É esta tragédia destes quatro anos que as ilusões da Trafaria representaram e que, em Setúbal como no

País, todos estão esclarecidos que rapidamente teremos de abandonar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Paulo

Viegas.

O Sr. João Paulo Viegas (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, deixem-

me cumprimentar e felicitar os peticionários, autarcas aqui presentes, por exercerem o seu direito de petição e

permitirem, desta forma, que a democracia continue a ser participada e com o debate de diferentes ideias.

A questão que hoje aqui nos é trazida está diretamente relacionada com a localização do novo terminal de

contentores de Lisboa.

Temos a noção de que, no início, os anúncios sobre este assunto foram precipitados e o tempo que

decorreu desde a apresentação da petição até hoje permitiu que pudéssemos ter um conhecimento mais

aprofundado e o surgimento de alternativas viáveis à implantação deste novo terminal.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vale a pena lutar!

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