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I SÉRIE — NÚMERO 105

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O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Saúdo os peticionários e os

autarcas aqui presentes.

Com o plano de reestruturação para o porto de Lisboa, o Governo propôs a Trafaria como local para

acolher o novo terminal de contentores.

Desde o início que o processo não foi pacífico. Nós próprios, PSD, tivemos dúvidas acerca daquela

localização e, por isso, propusemos a audição a um conjunto de entidades, aqui, no Parlamento.

A Trafaria tinha um conjunto de constrangimentos para este projeto: fracas acessibilidades; ausência de

área de expansão logística e impactos ambientais significativos. E, obviamente, também a oposição da

autarquia.

Teria também impactos positivos ao nível do desenvolvimento económico, da criação de emprego e da

resolução de alguns dos problemas sociais, como, por exemplo, o bairro do 2.º Torrão, de difícil resolução,

tanto que, até à data, a autarquia ainda não teve capacidade para o resolver.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ainda não?!

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Mas Almada tem outra visão para o seu território e teremos de respeitar.

Dificilmente, um projeto desta envergadura avançaria sem ser coordenado com a autarquia.

Sempre dissemos que deveria estudar-se a possibilidade de o Barreiro receber um terminal.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sempre, é como quem diz!

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Os constrangimentos da Trafaria, não existem no Barreiro. O Barreiro já

tem atividade portuária. Os territórios são do Estado, geridos pela Baía do Tejo. Tem área de expansão

logística. Tem boas acessibilidades, entre as quais a ferrovia. A Baía do Tejo tem feito um trabalho notável na

regeneração daqueles territórios e na revitalização do parque empresarial.

Com este Governo, o projeto Arco Ribeirinho Sul deixou de estar assente no imobiliário e passou a ter um

outro objetivo: captar empresas, criar riqueza e postos de trabalho.

Assim, a atividade portuária encaixa-se que nem uma luva nesta nova estratégia do Governo para aqueles

territórios. E o Presidente da Câmara, Carlos Humberto, que daqui saúdo, tem também esta visão e viu com

bons olhos este investimento.

Por isso, o Governo já afirmou que, se for viável tecnicamente, se continuarem a existir privados

interessados no investimento, o novo terminal será localizado no Barreiro.

Em termos ambientais, terá naturalmente algumas dificuldades. Mas poderá também ser o contrário e ser

visto como uma oportunidade para dar continuidade ao trabalho da Baía do Tejo, na requalificação e na

resolução do passivo ambiental existente.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Termino, de imediato, Sr. Presidente.

O Governo avançou com o processo. Já foi lançado o concurso público internacional para o estudo de

impacte ambiental.

Não foi por ser uma autarquia gerida pelo PCP que se deixou de fazer obra no Barreiro, que se deixou de

colaborar. Em conjunto, tem-se encontrado e tem-se feito este caminho, que vai permitir, estou certo, levar

este investimento a bom porto.

Será bom para o Barreiro, para a região e para o País, porque isto representa mais desenvolvimento, mais

riqueza e mais emprego, e é disso que precisamos.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma segunda intervenção, confiante no seu poder de síntese,

tem a palavra o Sr. Deputado Eduardo Cabrita.

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