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I SÉRIE — NÚMERO 107

60

Osvaldo Caholo, Afonso Matias, Albano Bingobingo, Nelson Dibango, Sedrick de Carvalho, Domingos da

Cruz, Inocêncio António de Brito, Arante Kivuvu, José Gomes Hata, Luaty Beirão, Manuel Baptista Chivonde

Nito Alves, Fernando Tomás, Nuno Álvaro Dala, Benedito Jeremias e Chiconda 'Samussuku' são os nomes

dos jovens detidos por participar numa reunião e por terem em sua posse livros e manuscritos.

Esta semana, Nito Alves, um dos ativistas detidos, iniciou uma greve de fome por recear alimentar-se da

comida fornecida pelos serviços prisionais, temendo pela sua vida.

Portugal conhece bem a intensa luta pela liberdade e pela democracia e tem no seu passado o exemplo de

um regime cuja força residia na repressão. Conhecemos bem a justeza daqueles que se dispõem a lutar para

derrubar as ditaduras que se apresentam na sua vida.

Conhecemos bem as táticas dos regimes que oprimem e reprimem e, por isso mesmo, não podemos

compactuar ou ignorar. Devemos tomar uma posição firme, condenando a detenção de ativistas cívicos e

pacíficos e repudiando o esmagamento dos seus direitos.

É nesse sentido que o Bloco de Esquerda apresenta este voto, que é também um voto pela libertação dos

jovens abusivamente detidos em Angola e é também um voto na luta pela liberdade e democracia naquele

país.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr.ª Presidente, peço desculpa, permite-me o uso da palavra?

A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado João Oliveira.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr.ª Presidente, é para anunciar que o PCP entregará uma declaração de

voto relativamente à votação que acabámos de realizar.

A Sr.ª Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.

Passamos à votação do voto n.º 294/XII (4.ª) — De condenação e pesar pelas vítimas dos atentados

perpetrados em França, na Tunísia e no Koweit (PSD e CDS-PP).

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do CDS-PP e do BE e abstenções

do PCP e de Os Verdes.

É o seguinte:

Na semana passada, o mundo voltou a assistir a mais uma investida brutal do terrorismo em três frentes

diferentes, em França, na Tunísia e no Koweit, pondo em causa a paz, a segurança e a estabilidade regional e

local. Uma vez mais, o terrorismo jihadista foi a cara dessas ações bárbaras e criminosas, que provocaram a

morte de 64 pessoas, entre as quais uma cidadã portuguesa. Em dois dos três atentados, na cidade do Koweit

e em Sousse, o autoproclamado ISIS reivindicou a sua autoria.

O extremismo e radicalismo jihadistas continuam a constituir uma ameaça presente e efetiva aos

elementares valores civilizacionais. Como tal, exigem respostas firmes e concertadas da comunidade

internacional, como merecem o seu mais veemente repúdio e condenação. A luta eficaz contra o terrorismo é

um desafio que convoca todos os países que respeitam a pessoa humana e os seus direitos, consagrados na

Declaração Universal dos Direitos Humanos e que fundamentam todos os Estados de direito democráticos. Só

uma defesa forte, credível e continuada desses valores e princípios será capaz de derrotar a ameaça

terrorista.

Colocar em prática as medidas já adotadas a nível internacional, europeu e nacional e otimizar a utilização

dos instrumentos de cooperação existentes afigura-se imperioso para assegurar a proteção e a garantia dos

direitos fundamentais e a realização da segurança.

Neste contexto, a Assembleia da República manifesta veementemente a sua condenação pelos atentados

terroristas ocorridos recentemente em França, na Tunísia e no Koweit, expressa o seu pesar pela perda de

vidas humanas às mãos de movimentos extremistas de natureza islâmica, em particular da cidadã portuguesa,

Maria da Glória Moreira, e apela a que as organizações internacionais, os Estados e todos os cidadãos se

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