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I SÉRIE — NÚMERO 108

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O Sr. Bruno Dias (PCP): — É isso mesmo!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Primeiro-Ministro, como vê, há muita coisa que ficou

esquecida na sua intervenção inicial e no decurso deste debate.

Sobre a Grécia, também gostava de dizer algo tão simples quanto isto: se o Sr. Primeiro-Ministro e este

Governo não respeitam o povo português, que expetativa poderíamos ter que viesse a respeitar o povo da

Grécia?! Eu não tinha essa expetativa, se bem que é preciso assinalar que é justo e necessário que, de uma

vez por todas, se comece a olhar para os interesses e vontades dos povos e das pessoas e não para as elites

europeias. E este Governo, durante todo o mandato, mostrou-se subserviente, absolutamente subserviente, às

elites europeias.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, ainda bem que de alguma

maneira consigo surpreendê-la com os meus discursos.

A Sr.ª Deputada diz que consegue ficar estupefacta com todos os meus discursos…

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Com todos não, com alguns!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e eu tomo isso como um elogio.

Disse também que o PSD viabilizou algumas das pragas socialistas e que isso, evidentemente, também

deveria ser, na linguagem bíblica do Partido Socialista, um pecado capital.

Sr.ª Deputada, quero dizer-lhe que, quando fui líder do maior partido da oposição, pelo fato de estar na

oposição, por mais que isto lhe pareça estranho, nunca deixei de apoiar os governos constitucionais que

pudessem apresentar medidas que considerassem essenciais para que o País pudesse evitar problemas

maiores.

Por isso, Sr.ª Deputada, é verdade que apoiámos algumas daquelas decisões para que, segundo o

primeiro-ministro de então, não tivesse de pedir um resgate externo. É verdade, veja a Sr.ª Deputada.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Mas depois foi lá assinar o papelinho!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas tornou-se evidente que assim não era, quer dizer, que o caminho que

estava a ser seguido só poderia conduzir mesmo, como reconheceu o então Ministro das Finanças, ao resgate

externo. Sr.ª Deputada, essa foi a razão por que exercemos democraticamente o nosso papel de alternativa e

por que os portugueses nos escolheram.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Qual alternativa?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Disse ainda a Sr.ª Deputada que muitas das realidades destes anos são

contraditórias com aquela que foi a promessa eleitoral. Sr.ª Deputada, a minha promessa mais importante foi

cumprida.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Foi a de aumentar os impostos!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Foi a de cumprir o Memorando de Entendimento e livrar Portugal do resgate

externo.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Essa, Sr.ª Deputada, foi seguramente a responsabilidade maior que me foi confiada.

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