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9 DE JULHO DE 2015

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O Sr. Jorge Machado (PCP): — … e pelo agravamento do roubo das reformas e pensões dos reformados,

depois de uma vida inteira de trabalho e descontos.

O seu parceiro de coligação, o irrevogavelmente demissionário Dr. Paulo Portas, dizia: «Às vezes, há

casas, em Portugal, onde não há um posto de trabalho e é preciso ter atenção à melhoria do apoio social». O

Sr. Primeiro-Ministro vem agora dizer que o desemprego baixou, sabendo muito bem que o desemprego real,

que conta com os inativos e os desmotivados, atinge 1,2 milhões de trabalhadores e, destes, 900 000 não têm

subsídio de desemprego, porque o Governo PSD/CDS cortou na proteção aos desempregados.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Bem lembrado!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Está visto que a palavra, vinda de quem vem, vale muito pouco. Como

Primeiro-Ministro, fez precisamente o contrário do que prometeu que ia fazer e, não satisfeito, agora, tenta

enganar novamente os portugueses, falando de um país que não é real.

O Sr. Primeiro-Ministro pode dizer o que quiser, os portugueses vivem no País real, e conhecem-no, e não

no País da propaganda do Governo.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — É neste País real que existe um povo que não se esquece de que lutou, e

vai continuar a lutar, para derrotar este Governo e a política de direita e vai castigar quem afundou o País nos

últimos 38 anos.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Também para formular as suas perguntas, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana

Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, ainda se lembra, quando

prometeu àquela criança que não ia cortar o subsídio de férias aos seus pais?! Que enorme fraude, Sr.

Primeiro-Ministro! Que enorme fraude!

Ainda se lembra como jurou o fim das negociatas e dos interesses?! Olhe agora para o relatório do Tribunal

de Contas sobre a privatização da EDP e da REN — conflitos de interesses vários com consultoras próximas

do Estado, total ausência de cautela com o interesse público, uma venda abaixo do preço, e o Sr. Primeiro-

Ministro vem dizer-nos que quem comprou a EDP até nos fez um favor, por ficar com uma empresa que dá de

dividendos 1200 milhões ao ano. Que enorme fraude, Sr. Primeiro-Ministro! Que enorme fraude nos apresenta

aqui hoje!

Ainda se lembra, quando prometeu que o BES não ia ter qualquer custo para os contribuintes?!

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Outra vez?!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Que enorme fraude, Sr. Primeiro-Ministro!

Bem sabemos que o Dr. Marques Mendes ainda não veio anunciar a venda do Novo Banco, mas também

sabemos mais coisas. Sabemos que o valor está abaixo do dinheiro injetado e sabemos — imagine-se! — que

o Governo aceitou reestruturar a dívida da banca por 20 anos. O Governo, credor, aceitou reestruturar a dívida

da banca por 20 anos! Já viu a brutalidade desta evidência?! Um Governo que exige ao povo grego pagar a

dívida agora, custe o que custar, as vidas que custar, o sangue que custar, dá uma borla de 20 anos aos

bancos, pelo empréstimo que lhes fez!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Exatamente!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Que enorme fraude, Sr. Primeiro-Ministro!

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