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9 DE JULHO DE 2015

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Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, que país é que fomenta a desigualdade e a

pobreza? O primeiro ou o segundo? Que país é que dá esperança aos jovens portugueses, às portuguesas e

aos portugueses que não encontram soluções?

Protestos do PS e do PCP.

Para terminar, Sr.ª Presidente, diria que fico, até, estupefacto, com o seguinte: julgava o Partido Socialista

que, deixando o País na pré bancarrota, sem dinheiro para pagar salários e pensões, com um défice de 11%,

com uma economia em recessão e na mão dos credores institucionais, era possível que a pobreza e a

desigualdade não aumentassem?! Não, Sr.as

e Srs. Deputados! A pobreza e as desigualdades diminuem,

agora, porque pusemos o País em ordem, e essa é a vossa grande dificuldade.

Protestos do PS.

E os senhores só assumem…

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr.ª Presidente, concluo, dizendo que os Srs. Deputados do Partido

Socialista só assumem que o País está bem melhor quando lhes convém,…

Vozes do PSD: — Bem lembrado!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — … quando a audiência que têm à frente é bem diferente daquela que,

hoje, aqui temos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Rita Rato.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o seu discurso de estratégia acertada e

prosperidade é totalmente desmentido pela vida concreta das pessoas, quando, ao fim do mês, as contas

caem para pagar e o salário não estica para fazer face às despesas. E o Sr. Primeiro-Ministro devia corar de

vergonha quando é Primeiro-Ministro num País onde uma em cada 10 crianças está numa taxa de privação

material severa e onde a única refeição quente que fazem mais de 13 000 crianças é na escola.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Sr. Primeiro-Ministro, apostou na emigração para esconder os efeitos da sua

política. Aliás, vários Membros do Governo foram incansáveis no convite à emigração. O próprio Primeiro-

Ministro disse aos milhares de professores contratados que despediu que, «querendo continuar como

professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e, aí, encontrar uma alternativa».

Primeiro, o Governo despediu; depois, convida a emigrar!

Até o próprio Sr. Secretário de Estado do Ministro Relvas não se cansou de dizer que os jovens deviam sair

da sua zona conforto e ir para além das nossas fronteiras.

Sr. Primeiro-Ministro, mais de meio milhão de portugueses saíram do País, entre estes, milhares de jovens

enfermeiros, médicos, professores, cientistas, engenheiros, investigadores; milhares de jovens cuja falta o

País sentirá, de forma dramática, nos próximos anos.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

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