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I SÉRIE — NÚMERO 108

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Como vai agora explicar aos cidadãos que ficaram sem subsídio de desemprego, sem abono, sem salário,

porque não havia «envelope financeiro», que, afinal, havia dinheiro para salvar mais um banco e até nem faz

mal rebentar com as metas do défice por causa disso?! Que enorme fraude, Sr. Primeiro-Ministro!

A promessa de estabilidade que nos trouxe aqui hoje não vale nada, porque está assente numa fraude!

Sr. Primeiro-Ministro, não se pode enganar toda a gente o tempo todo e o seu tempo acabou.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para formular as suas perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado José Junqueiro.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o Sr. Primeiro-Ministro, também no

desemprego, convive mal com a verdade dos factos. O Sr. Primeiro-Ministro é capaz de explicar por que é que

retirou das estatísticas 160 000 temporários, 260 000 inativos operacionais e cerca de 400 000 emigrantes?!

Aplausos do PS.

O Sr. Primeiro-Ministro julga que nos distritos não damos conta do que se passa, mas no meu, por

exemplo, o desemprego aumentou 30% — 62% entre os jovens — e 58% não têm qualquer apoio. E o seu

Governo gaba-se de pagar menos subsídios de desemprego! Sabe por que é que se gaba de pagar menos

subsídios de desemprego? Não é porque haja mais emprego, Sr. Primeiro-Ministro, é porque o senhor e o seu

Governo abandonaram as pessoas à sua sorte.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, antes de dar a palavra ao Sr. Deputado Hugo Lopes Soares, quero

informar o Sr. Primeiro-Ministro de que a Sr.ª Deputada Carla Cruz, que estava inscrita, fará a sua pergunta na

próxima ronda.

Tem a palavra, para formular as suas perguntas, o Sr. Deputado Hugo Lopes Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, parece-me que, depois desta

primeira parte do debate sobre o estado da Nação, o Partido Socialista continua a partir de um pressuposto-

base que é errado.

O Partido Socialista considera que foi a troica que trouxe a crise, mas, na verdade, Sr. Primeiro-Ministro, foi

a crise que trouxe a troica.

O Partido Socialista, Sr. Primeiro-Ministro, considera que foi a austeridade que trouxe a crise, mas foi a

crise que trouxe a austeridade.

E há uma pergunta, Sr. Primeiro-Ministro, que paira no Grupo Parlamentar do Partido Socialista, eu diria,

como um elefante no meio da sala. Sr. Primeiro-Ministro, quem trouxe a crise para Portugal? E quem devolveu

ao País a credibilidade e quem trouxe a confiança ao País e aos portugueses?

Ora, a resposta à primeira pergunta, Sr. Primeiro-Ministro, é a seguinte: foi o Partido Socialista, o Governo

do Eng.º José Sócrates e muitos destes e destes Srs. Deputados que estão sentados na bancada do PS. A

resposta à segunda pergunta é a seguinte: foi este Governo que libertou o País da troica, foi este Governo que

devolveu a confiança e a credibilidade às portugueses e aos portugueses,

Mas, Sr. Primeiro-Ministro, a pergunta que lhe queria fazer é a seguinte: que país se encontra melhor

preparado para combater a pobreza e as desigualdades sociais? Um país que tem um défice de cerca de 11%

ou um país que estima ter um défice abaixo dos 3%? Um país com uma economia estagnada ou em recessão

ou um país que cresce, do ponto de vista económico e de forma sustentada? Um país que não tem dinheiro

para pagar salários e pensões ou um país que está preparado para enfrentar e responder as dificuldades que

se apresentem?

Vozes do PSD: — Muito bem!

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