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10 DE NOVEMBRO DE 2015

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Sabemos que os indivíduos, as empresas, as famílias, as comunidades económicas, as expressões culturais

não se preservam nem se fortalecem sem se inserirem em dimensões mais vastas como aquelas em que nos

inserimos.

Sabemos que a moderação em todos os aspetos da vida é um valor. Sabemos que não há escolhas fáceis

e sem riscos. Sabemos que o reformismo é uma posição inerente à boa governação e que, em democracia, só

os bons governos são duradouros. Sabemos que há garantias de uma solução alternativa de governo

duradoura na presente Legislatura.

Temos assim a certeza de que Portugal não só deve como pode mudar de governo.

Aplausos do PS, de pé.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, inscreveram-se para pedir esclarecimentos os Srs. Deputados Hugo

Lopes Soares, do PSD, e Telmo Correia, do CDS-PP.

Tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Lopes Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos César, começo por cumprimentá-

lo nesta sua primeira intervenção de fundo aqui, na Assembleia da República, e desejar-lhe também, na

liderança da bancada do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, a maior das felicidades.

Queria, à cabeça, deixar-lhe uma pergunta sobre algo que referiu e que, julgo, deixou atónito quem o ouviu

nas bancadas do PSD e do CDS ou os portugueses que acompanham com enorme expetativa este debate.

Quem ouviu a sua intervenção feita do alto da tribuna, com todo o dramatismo que encerrou, está nesta

altura a perguntar-se. «Mas foi assim tudo tão mau? Se correu assim tudo tão mal, como é possível a

coligação Portugal à Frente ter ganho as eleições no passado dia 4 de outubro?».

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

«Se foi assim tudo tão mau, como é que a maioria dos portugueses votaram no Dr. Pedro Passos Coelho

para Primeiro-Ministro? Se foi assim tudo tão mau, como é que nesta primeira sessão de discussão do

Programa do Governo tem sentado como Deputado — e bem! — do maior partido da oposição o Dr. António

Costa?».

Esta é a primeira pergunta que, à cabeça, queria deixar e cuja resposta não será só para mim, julgo que

todos os portugueses aguardarão com expetativa esse exercício que procurará fazer.

Dr. Carlos César, queria também deixar dois pontos que estão claros para todos os portugueses. O

primeiro é que a democracia só se respeita quando se respeitam os resultados eleitorais, e essa é uma

verdade indesmentível ao longo dos 41 anos da nossa democracia.

O segundo ponto que queria deixar muito claro, Dr. Carlos César, e que as portuguesas e os portugueses,

lá fora, todos perceberam é que se não houve pontos de convergência entre as bancadas do PSD e do CDS-

PP e do Partido Socialista não foi por falta de esforço ou de compromisso por parte do PSD ou do CDS mas

apenas por uma razão: pela ânsia, pela ansiedade de o Dr. António Costa querer chegar a Primeiro-Ministro

custe o que custar.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Essa, Dr. Carlos César, é a razão pela qual os portugueses perceberam no primeiro dia por que é que não

haveria qualquer tipo de acordo entre a sua bancada e as bancadas do PSD e do CDS. Foi um simulacro de

negociações que os senhores quiseram promover ao longo dos primeiros dias a seguir às eleições legislativas.

Mas, Dr. Carlos César, tem razão quando diz que os dois modelos apresentados na campanha eleitoral são

diferentes. São, de facto, diferentes. Os portugueses, perante o risco, escolheram a certeza; os portugueses,

perante o aventureirismo, escolheram a confiança; os portugueses, perante a incerteza, escolheram a

previsibilidade, a responsabilidade e a esperança.

Protestos do PS.

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