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11 DE NOVEMBRO DE 2015

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Temos muito orgulho neste Programa e neste Governo, como temos a certeza que só prosseguindo este

caminho Portugal não correrá riscos desnecessários e continuará a proteger os resultados que temos

conseguido, não voltando para trás.

Se alguém aqui, Srs. Deputados, poderia estar envergonhado é quem deixou o País na bancarrota, quem

não ajudou em nada a resolver o problema que criou e, agora, quer chegar ao poder a qualquer custo, usando

uma qualquer manigância, pondo em risco tudo o que conseguimos até agora.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Não são os interesses do País que podem ser subordinados ao interesse de uma maioria conjuntural, aos

interesses partidários ou, mesmo, à sobrevivência política de um secretário-geral. Bem pelo contrário; é o

Parlamento que deve responder às necessidades do País e as necessidades do País o que nos exigiam era

uma maioria sólida que continuasse o caminho que estamos a trilhar.

O Partido Socialista faltou a essa chamada. O Partido Socialista faltou porque não teve a humildade

democrática de ler a vontade dos portugueses, de recordar o que aconteceu em 2011 e perceber que não

devemos repetir os erros que nos levaram a essa situação dramática.

O Partido Socialista preferiu escolher um caminho inédito na nossa democracia, impedindo de governar

quem venceu as eleições. Ao fazê-lo, escolheu o caminho do radicalismo e do aventureirismo, lançando a

governação do País numa solução que não só não é legítima como não garante estabilidade. É muito

poucochinho, Srs. Deputados!

Permitam-me que vos diga, Sr.as

e Srs. Deputados, que, tendo ouvido falar ao longo destes dois dias em

expressões como seja «o desespero da direita», vos esclareça: nós, no centro-direita, somos gente tolerante.

Vozes do PCP: — Oh!…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sabemos há muitos anos que o povo é sereno, repito, sabemos há

muitos anos que o povo é sereno. O desespero não faz parte da nossa cultura nem faz parte da nossa ética.

Nós, tal como os 2 086 165 portugueses que votaram na coligação, não estamos desesperados mas

estamos indignados. Indignados porque aquilo que esta nova troica da esquerda está a fazer, impedindo o

Governo legítimo de governar, é uma indignidade e é por isso que estamos indignados.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Substituir um Governo legítimo pode até ser formalmente possível e formalmente constitucional, mas não é

aceitável.

Sempre, na democracia portuguesa, quem venceu as eleições pode governar: foi assim com Mário Soares;

foi assim com Cavaco Silva; foi assim com António Guterres; foi assim com José Sócrates. Sempre quem

ganhou pode governar.

Mário Soares, de resto, referindo-se a posteriori a um hipotético governo formado na altura por uma soma

de partidos que não tinham ganho as eleições — e, na altura, estávamos a falar do PS, do PRD e do PCP –,

foi claríssimo e disse, e cito: «uns tipos que queriam ir a toda a força para o Governo». Na altura, estava a

referir-se a esses partidos. Mas que belo retrato para VV. Ex.as

, Srs. Deputados! Que belo retrato para VV.

Ex.as

!….

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

É muito poucochinho!

Podia também recordar aqui Jorge Sampaio, a propósito nas eleições nos Açores, quando disse: «É

inaceitável, é impensável que quem não ganhou queira governar!» Não é assim, Dr. Carlos César? Lembra-se

disso?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

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