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I SÉRIE — NÚMERO 4

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O Sr. Carlos César (PS): — Isso não é verdade! Não foi assim!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Mas existe também uma questão de estabilidade.

A estabilidade resulta do facto de esta soma negativa que agora quer governar não ter ido a votos com

esse programa. Ou seja, pelo que percebemos, não mudaram sequer de opinião: o Bloco de Esquerda

continua a defender o fim do Tratado Orçamental e a renegociação da dívida, e, aparentemente, o PS não; o

PCP continua a defender a saída do euro e nacionalizações, como consta na moção que apresentaram —

aliás, pela primeira vez, não falam em pacto de agressão, o que já não é mau, já é um progresso —,…

Risos do CDS e do PSD.

… mas o PS também não o defende; PCP e Bloco defendem a saída da NATO, e esperemos que o PS não

o defenda também.

Ou seja, no limite, continuam diferentes e aquilo que poderíamos até acusar o PCP e o BE é de se estarem

a aproveitar, despudoradamente, do estado de necessidade de um secretário-geral do Partido Socialista. Pode

ser legal, mas não é bonito!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Cheguei a dizer que tinham mudado em 24 horas, mas faço-vos a justiça de dizer que, afinal, não

mudaram. Agora, o risco que temos com esta troica das esquerdas é o regresso ao despesismo e é o regresso

da outra troica. Este é que é o risco sério e é esse o risco que enfrentamos.

Legitimidade, quando não foram a votos com um programa conjunto, tem esse problema. Espera-vos, Sr.

Deputado João Oliveira, um choque com a realidade. Vamos ver como é que se saem desse choque com a

realidade.

É, de resto, simbólico que ao longo deste mês de reuniões de equipas técnicas, de reuniões à porta

fechada, de reuniões secretas, tanto quanto sabemos, nunca se sentaram ao mesmo tempo os três à mesma

mesa…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP: — Nem se conhecem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Hoje mesmo, pelo que sabemos, a assinatura dos acordos foi feita à

vez e à porta fechada, não fossem correr o risco de aparecerem os três juntos na fotografia!. Não fossem

correr o risco de aparecerem todos juntos na fotografia… Isto diz muito sobre a estabilidade.

A partir daqui, a pergunta é clara e é óbvia, e o Comité Central conhece-a bem. É a célebre pergunta de

Vladimir Ilyich Ulyanov: o que fazer? A partir daqui, o que fazer?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Nós respondemos de forma clara: nós não desistimos porque sabemos bem o que foi necessário fazer para

tirar o País da bancarrota e proteger os portugueses. Nós não desistimos porque o que está em causa é o

futuro de Portugal e das suas novas gerações. Nós não desistimos porque fomos avaliados pelos portugueses,

ganhámos as eleições e temos legitimidade popular, eleitoral e democrática. E não só não desistimos como

ganhamos, com esta realidade, um suplemento de alma adicional, que resulta de um dos mais fortes

sentimentos que se pode ter em política: o da injustiça.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — A decisão que vão tomar é ilegítima e é injusta, mas isso só nos dá

mais força para continuar, em nome dos nossos valores e em nome de Portugal.

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