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11 DE NOVEMBRO DE 2015

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Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Podem até derrubar-nos, mas uma coisa resulta muito clara: caímos, mas caímos de pé e quem cai de pé

não morre!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O que conta não é o lugar onde nos vamos sentar, o que conta não é sequer o tamanho de uma maioria

aritmética e artificial, o que conta mesmo é o tamanho da nossa razão e é com ela que continuaremos a

combater.

Aplausos do CDS-PP e do PSD, de pé.

O Sr. Presidente: — Para a intervenção de encerramento, tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: No debate destes dois dias, foi

repetido à exaustão e em diversos formatos que nunca aconteceu o que está a acontecer. Eu não podia

concordar mais. Estamos a fazer o que nunca foi feito. Ainda bem! Estava mais do que na hora!

Aplausos do BE, do PS, do PCP e de Os Verdes.

Fazer como mandam as convenções seria o pior de tudo, porque faltaria à resposta à vida das pessoas,

como sempre tem faltado, e porque faltaria à verdade dos resultados eleitorais.

Não é no Parlamento que está a acontecer o que nunca aconteceu antes, foi no País. E nós, eleitos e

eleitas com a mesma legitimidade, representamos essa mudança. Ilegítimo seria deixar que permanecesse no

Governo a direita que a maioria do povo rejeitou.

Vamos, portanto, aos resultados eleitorais, que, aparentemente, a direita tem dificuldade em compreender.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Em 2011, o PSD, sozinho, elegeu 108 Deputados e Deputadas. Não chegava para formar um governo com

apoio maioritário no Parlamento, mas coligou-se com o CDS, que tinha eleito 24 Deputados, e conseguiram

uma maioria de 132 Deputados e Deputadas.

Hoje, PSD e CDS juntos têm apenas 107 Deputados, menos do que teve PSD sozinho em 2011, ou seja,

perderam 700 000 votos e 25 Deputados.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Para serem governo precisam que outra força política os apoie no Parlamento. E, como está à vista, não

têm esse apoio e é por isso que o vosso Governo é rejeitado, porque não têm os votos suficientes no País e

na Assembleia da República. Não os tiveram no 4 de outubro! Não elegeram Deputados e Deputadas

suficientes.

Aplausos do BE, do PS, do PCP.

PSD e CDS estão em choque e parecem achar que a obrigação das outras forças políticas é apoiá-los,

contra o compromisso eleitoral que os elegeu, contra tudo o que dissemos na campanha e nestes quatro anos

de oposição.

PSD e CDS querem que quem concorreu contra o seu Governo, agora, suporte o seu Governo, porque

sim, porque se convenceram que as soluções de governo só podem ser as mesmas de sempre e que nenhum

resultado eleitoral pode mudar verdadeiramente nada. Nunca se viu um Paulo Portas tão cavaquista como o

do dia em que perdeu o poder.

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