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I SÉRIE — NÚMERO 4

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de que o País carece e assegurando aos portugueses a mudança que maioritariamente disseram querer nas

últimas eleições.

Aplausos do PS, do BE e do PCP.

A política é feita de escolhas e a escolha que fazemos dá uma solução governativa ao País e mostra que,

em democracia, há sempre alternativas, sendo nosso o dever de as construir.

O que é novo é que, desta vez, as oposições foram capazes de assegurar, à partida, uma alternativa

maioritária na formação do Governo.

Acabou um tabu, derrubou-se um muro, venceu-se mais um preconceito. Aqui, nesta Assembleia da

República, somos todos diferentes nas nossas ideias, mas todos iguais na nossa legitimidade.

Aplausos do PS, do BE, do PCP e de Os Verdes.

Ninguém desconhece a identidade plural desta base parlamentar. Nenhuma destas bancadas se dispõe a

abdicar ou a disfarçar as diferenças doutrinárias e programáticas que as distinguem. A esquerda é e deseja

continuar a ser plural e diversa e, para construirmos em conjunto, nenhum de nós tem de revogar o que é

irrevogável.

Aplausos do PS, do BE e do PCP.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. António Costa (PS): — O que permite esta solução é a capacidade que cada um teve de,

respeitando as diferenças identitárias, partilhar um conjunto de prioridades para o horizonte da Legislatura,

não com base num acordo para a fotografia, mas assente num compromisso para fazer aquilo que é

necessário.

Aplausos do PS, do BE e do PCP.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Vou terminar, Sr. Presidente.

Sim, é possível aliviar a asfixia fiscal da classe média, não obstante divergirmos sobre a nacionalização do

setor energético!

Sim, é possível melhorar o rendimento das famílias sem que tenhamos de partilhar a opinião sobre a

NATO!

Sim, é possível defender o Estado social, malgrado termos diferentes visões sobre a nossa participação no

euro!

Sim, é possível combater o desemprego e a precariedade laboral, apesar de pensarmos diferentemente

sobre a União Europeia!

Sim, é possível dizer que chegou o momento de romper com o radicalismo ideológico, a arrogância e a

autossuficiência que animou a governação da coligação PSD/CDS.

Este é o momento de pôr termo à governação da coligação, para abrir um novo ciclo governativo. Só assim

podemos virar a página, dando, novamente, aos portugueses um tempo de esperança e a Portugal um futuro

de confiança.

Aplausos do PS, de pé, do BE, do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente: — Para a intervenção de encerramento do debate, em nome do Grupo Parlamentar do

PSD, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.

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