I SÉRIE — NÚMERO 5
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que vamos votar. Isto não é meramente formal e, portanto, pergunto ao Sr. Presidente onde estão os
documentos a serem distribuídos por todas estas bancadas.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, penso que a sua pergunta pode dirigir-se também à liderança da
respetiva bancada.
Como eu disse há pouco, há uma questão relevante do ponto de vista procedimental, que é a de que os
votos de pesar, normalmente. podem ser entregues até ao início das sessões plenárias. Enquanto estive como
Deputado na bancada do PS, sempre achei muito estranho esse procedimento, porque não dava tempo para
distribuir aos respetivos Deputados e muito menos para os votos poderem ser apreciados em reuniões dos
grupos parlamentares.
Portanto, penso que a iniciativa que hoje foi tomada pelo PCP responde a essa questão e a Sr.ª Deputada
passará a ter, também em relação aos votos de pesar, e outros — a menos que haja circunstâncias
excecionais —, conhecimento dos respetivos textos.
A Sr.ª Paula Teixeira da Cruz (PSD): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Paula Teixeira da Cruz (PSD): — Sr. Presidente, gostaria de fazer uma nova interpelação à Mesa.
Assim, sendo, reconhecendo-me V. Ex.ª razão e se acha tão estranho e não se conformou, peço que,
doravante, os Srs. Deputados tenham acesso atempadamente a todos os documentos, porque não são não os
líderes do grupos parlamentares que têm de o fazer, é V. Ex.ª.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, veremos, numa próxima Conferência de Líderes, se vamos revogar
uma tradição, que neste caso me parece obsoleta, que deve ser revogada, como tive ocasião de dizer.
Tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Lopes Soares.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, uma vez que o Sr. Presidente invocou a direção da
bancada do Grupo Parlamentar do PSD, gostaria de dizer o seguinte: de facto, é uma tradição e é regimental
que os votos de pesar possam dar entrada na Mesa até à hora em que começa o Plenário em que eles serão
votados.
Dá-se a circunstância especial de este ser um Plenário muito mais curto do que o habitual e, como foi dito,
e bem, pelo Sr. Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português, os votos de pesar foram
entregues já no decurso da sessão, razão pela qual nem a minha nem, estou certo, qualquer uma das
direções das bancadas dos grupos parlamentares ter conseguido fazer chegar este ou qualquer outro voto de
pesar aos restantes Deputados para que pudessem conhecer o teor do texto.
Sr. Presidente, peço desculpa mas não lhe assiste essa razão e devo dizer que concordo com a
metodologia proposta pelo Deputado João Oliveira, uma vez que este é um plenário excecional. Não me
parece que, doravante, até porque os votos de pesar normalmente são votados na semana em que a
efeméride se verifica, se deva mudar aquela que é uma norma regimental, sendo certo que cabe às direções
das bancadas, e nesse aspeto o Sr. Presidente tem toda a razão, fazer a distribuição pelas Sr.as
e pelos Srs.
Deputados.
O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Hugo Soares sabe tão bem como eu que já estive na primeira fila da
bancada mas também já estive na última e que muitas vezes era surpreendido com votos de pesar que não
tinha discutido a nenhum nível.
Acho muito bem que seja levantada esta questão porque, para além do pesar, também há a apreciação
política sobre os termos em que esse pesar se manifesta.
Tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, independentemente da forma como cada uma das direções
das bancadas faz chegar aos seus Deputados a informação, queria que ficasse bem claro que não há, da