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I SÉRIE — NÚMERO 6

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Queremos também estender esta expressão de pesar e de solidariedade a todos os povos que são vítimas

do terrorismo nas suas várias expressões em diversos pontos do mundo, incluindo no Médio Oriente e em

África, onde também a humanidade tem sido confrontada com o horror e a barbárie do terrorismo.

A resposta ao terrorismo exige, necessariamente, o combate às suas causas mais profundas, sejam elas

de natureza política, económica ou social. O combate ao terrorismo exige o fim do apoio político, financeiro e

militar com que grupos terroristas como aqueles que se reúnem em torno do denominado Estado islâmico têm

contado e que têm sido utilizados para desestabilizar e agredir estados soberanos e independentes como a

Síria ou o Iraque.

A escalada de ingerência, de guerra e de imposição de medidas atentatórias aos direitos e liberdades

fundamentais têm comprovadamente falhado o objetivo de combater o terrorismo e têm alimentado o

crescimento de forças racistas, xenófobas e fascistas e a sua ação de terror.

O combate ao terrorismo exige a defesa e a afirmação dos valores da liberdade, da democracia, da

soberania e da independência dos estados.

O combate ao terrorismo tem de passar por opções que ponham fim à escalada de guerra e à militarização

das relações internacionais. Tem de passar por travar novas agressões contra estados soberanos,

nomeadamente na região do Médio Oriente, e por uma política de desanuviamento e de paz nas relações

internacionais, no quadro do respeito pela Carta das Nações Unidas e pelo Direito Internacional.

Aplausos do PCP, do BE e de Os Verdes.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, de Os

Verdes.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs.

Deputados, Sr. Embaixador de França: Praticamente já tudo foi dito. Nestas circunstâncias, as palavras não

conseguem tapar a dor de modo nenhum, mas cumpre-nos, naturalmente, uma palavra forte de solidariedade

para com todo o povo francês, que, mais uma vez, foi vítima deste horror, destes ataques terroristas, destes

acontecimentos tão trágicos que aconteceram no dia 13 de novembro.

Queria ainda acrescentar que não foram apenas vidas humanas que estiveram em causa e que a dor

relativamente a essas vidas tem de ser profundamente manifestada e condenada. Mas, neste caso, atingiu-se

muito mais do que isso: atingiram-se valores, valores supremos, como os da tolerância, da pluralidade, do

respeito pelas diferenças, valores estes que têm de imperar no mundo.

Para França e para tudo o que França deu ao mundo importa sempre relembrar — e está agora a ser

permanentemente relembrado — os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade e, mais ainda do que

relembrar, importa praticar e implementar. É por isso, Sr. Presidente, que gostava também de, em nome de Os

Verdes, dizer que se a resposta é a escalada do ódio, da vingança e da agressão isto não para, Sr.as

e Srs.

Deputados, isto não para.

Temos de ter a inteligência de saber parar este horror. Então, olhemos para as causas, e se nas causas

encontrarmos a lógica do comércio internacional de armamento, da venda de armas, de financiamento, de

alimento a grupos que praticam o terrorismo, isto tem de acabar Sr.as

e Srs. Deputados. É às causas que

temos de ir para acabar e para responder a este horror.

A solidariedade de Os Verdes, que está, naturalmente, no voto que subscrevemos, como referi, é para com

todo o povo francês, mas também para com todos os povos que têm sido vítimas da guerra e dos atos

terroristas, que têm de ter, de uma vez por todas, um ponto final e a que a inteligência humana e das

sociedades e das comunidades democráticas têm de saber pôr um ponto final, designadamente não

alimentando causas. Não alimentando causas!

Aplausos do PCP, de Os Verdes e de Deputados do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado André Silva, do PAN.

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