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21 DE NOVEMBRO DE 2015

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Foi um dos principais responsáveis pela programação do Porto 2001, tendo sido considerado uma das

figuras mais relevantes da Capital Europeia da Cultura e nomeado para Personalidade do Ano.

Foi também Presidente do Instituto da Artes do Ministério da Cultura, Conselheiro Cultural da Embaixada

de Portugal em Roma, e Comissário de um extenso programa de Guimarães 2012. Colaborava, há largos

anos, com a Fundação de Serralves, com a Fundação Gulbenkian e era Presidente da Comissão de Cultura

do Comité Olímpico Português. Era, desde 2013, Vereador da Cultura da Câmara Municipal do Porto, ele que

dizia que seria ministro, quando o Porto fosse uma nação.

Paulo Cunha e Silva era uma pessoa apaixonante e magnética, repleta de genialidade, socialmente

empenhado, onde tudo se conjugava em rede, de forma líquida: cultura, política, cidade, território, mundo.

Viveu os últimos anos a fazer, com felicidade, a feliz cidade. Aos seus amigos e admiradores, associando-

nos à dor dos seus familiares, cumpre-nos mantê-lo vivo. Paulo Cunha e Silva continua a respirar nas suas

ideias e no seu trabalho, porque o futuro nunca morre.

Quando? Agora e sempre.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, faremos 1 minuto de silêncio após a votação dos restantes votos de pesar.

Segue-se a votação do voto n.º 2/XIII (1.ª) — De pesar pelo falecimento do estadista alemão Helmut

Schmidt (PS).

A Sr.ª Secretária vai proceder à leitura do voto.

A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«A morte de Helmut Schmidt, ocorrida ontem na sua cidade natal de Hamburgo, aos 96 anos, priva-nos de

uma das maiores figuras de estadista e do universo político alemão, europeu e mundial do pós-guerra.

Priva, por igual, o nosso País do político europeu que, porventura, mais contribuiu, de forma altamente

solidária, para a criação e capacitação institucional do nosso Estado de Direito democrático.

Priva a Europa de um dos seus mais persistentes e coerentes construtores. Foi o pai do Sistema Monetário

Europeu e um paladino da solidariedade europeia.

Helmut Schmidt é um filho de Hamburgo, a histórica cidade-Estado que foi constituinte daquilo a que

Konrad Adenauer, um filho de Bona, chamava «a Alemanha boa», aquela que tão inexcedivelmente contribuiu

para o pensamento, as artes, as letras e o comércio, como atividade de relacionamento pacífico da

humanidade e de desenvolvimento das sociedades.

Helmut Schmidt remodelou e reforçou o Estado social alemão, já de si o mais antigo da Europa. Relançou

a economia alemã que, com ele, assumiu vanguarda europeia e mundial.

Helmut Schmidt nunca se negou ao combate político e ideológico pelo que considerava as boas causas.

Combateu o modo como Helmut Kohl reunificou a Alemanha. A História dirá se teve ou não a razão de Estado,

mas, de certeza, que lhe assistiu a razão social. Combateu — aqui, ao lado de Kohl — o modo como Angela

Merkel — aliás, sua admiradora — tem conduzido a sua política europeia.

Além dos seus cinco anos como ministro de Willy Brandt e dos seus oito anos como chanceler da

República Federal da Alemanha, Helmut Schmidt sempre teve um lugar de relevo como jornalista e publicista.

Nas páginas do Die Zeit ou nos congressos do SPD, já numa idade avançada, Schmidt lutou sempre pelo seu

ideal: compatibilizar a solidariedade social e as liberdades públicas e individuais, o que é a matriz, por

excelência, do pensamento e da ação de um «social-democrata», expressão que é a contração germânica de

sozialistische-demokratische, aquilo que ele sempre foi, como harmonia coerente, ao longo de toda a sua vida.

A Assembleia da República Portuguesa expressa as suas condolências à sua família e a todo o povo da

República Federal da Alemanha.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

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