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I SÉRIE — NÚMERO 14

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passada, prova isso mesmo. O relatório diz aquilo que já sabíamos há muto tempo, ou seja, que este caminho

é difícil, é exigente, é rigoroso, mas é possível.

Portanto, Srs. Deputados é só continuar a ter cautela, é só continuar a ter exigência, a ter prudência e a

não estragar o caminho. Nós estamos, neste momento, a pouco mais de 20 dias de cumprirmos este objetivo.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Sr.as

e Srs. Deputados, sabemos, alguns há mais tempo, outros desde segunda-feira, que os caminhos da

realidade nunca são fáceis. A realidade é sempre feita de escolhas difíceis, mas de escolhas possíveis.

Manter, por exemplo, a credibilidade internacional de Portugal neste momento é uma escolha; não inverter

mudanças estruturais e não voltar para trás é outra escolha; conseguir que a recuperação de rendimentos seja

para sempre é também uma escolha.

Mas há questões muito importantes e há formas de escolher que definem, depois, os caminhos e as

escolhas que se vão seguir, e o diálogo social é um bom exemplo disto mesmo. No diálogo social, há,

fundamentalmente, duas opções de fundo, dois caminhos que se podem seguir: o primeiro é um caminho que

eu diria moderado, é o caminho do diálogo social, é um caminho que dá o devido valor à concertação social,

porque percebe que a concertação social é um espaço único onde se reúnem trabalhadores, empregadores e

onde se consegue chegar a consensos que são construtivos; e há uma opção que é radical, que é a opção da

rua, das manifestações, das greves.

Em Portugal, esta opção radical é conhecida como a opção CGTP.

E o PS começa a dar, no Parlamento, sinais que creio serem algo preocupantes. A verdade é que os sinais

que já aqui foram dados de reversão do acordo de concertação social de 2012, por exemplo, de revisão de

legislação laboral, são, na prática, pelo não valor e pelo não espaço que dão à concertação social, sinais da

opção mais radical, da tal opção CGTP, da opção de esvaziar a concertação social.

E, Srs. Deputados, sejamos muito claros: todos sabemos que a concertação social não é uma câmara alta.

Ninguém aqui deseja que a concertação social seja uma câmara alta. Todos sabemos que o Governo é que

decide, mas a questão é muito simples: é que se o Governo já tudo decidiu, se o Governo já tudo negociou e

se tudo o que vai fazer é comunicar à concertação social o que vai acontecer, então, Sr.as

e Srs. Deputados,

tenhamos a coragem de dizer que já não há concertação social. O que há é uma conferência de imprensa do

Governo perante trabalhadores e empregadores, e isso, Srs. Deputados, é a tal opção radical.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, já ultrapassou o seu tempo.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, terminarei.

E terminaria dizendo que esta opção radical, esta opção CGTP não é o caminho que Portugal precisa; pelo

contrário, é tudo do que Portugal não precisava neste momento.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, nesta minha primeira intervenção na Câmara felicito

e cumprimento todas as Sr.as

Deputadas e todos os Srs. Deputados.

A Sr.ª Deputada Cecília Meireles fez aqui um importante exercício de memória, que permitiu a todos os

portugueses que nos ouvem e a todos os Deputados nesta Câmara relembrar a governação do PSD e do

CDS: uma governação que se propôs baixar a dívida e que a aumentou; uma governação que se propôs

baixar o défice e que o aumentou, descontando receitas extraordinárias;…

Risos do PSD.

… uma governação que se propôs baixar o desemprego e que o aumentou; uma governação que degradou

todos os indicadores sociais e económicos do País.

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