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10 DE DEZEMBRO DE 2015

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A Sr.ª Deputada propõe-se, agora, fazer um exercício de memória. Sejam bem-vindos a esse exercício de

memória! É um exercício de memória que, certamente, os portugueses continuarão a recordar durante muitos

e bons anos pelas más razões.

De facto, é muito importante falar da recuperação da credibilidade, mas a recuperação da credibilidade não

se faz com algumas das notícias que soubemos recentemente: não se faz dizendo que vamos devolver 35%

da sobretaxa antes das eleições para depois sabermos que vamos ter 0% de devolução de sobretaxa a seguir

às eleições; não se faz, como soubemos recentemente, negociando aumentos de portagens na A3 e na A4, à

socapa, à sorrelfa, nas costas dos portugueses e nas costas dos cidadãos, neste caso do distrito do Porto,

medidas não apresentadas e não colocadas numa alínea do vosso programa eleitoral.

Também não é sério falar, no âmbito da concertação social, de algumas das medidas que aqui ouvimos.

De facto, é espantoso que o PSD e o CDS, que a Deputada Cecília Meireles, em representação daquela que é

a herança da direita neste domínio, venha aqui falar de concertação social. O anterior Governo, do PSD e do

CDS, bloqueou a concertação social, cortou o diálogo social, impôs todas as medidas contra o País, contra os

sindicatos, contra os trabalhadores, contra as confederações, contra o Tribunal Constitucional, contra todas as

instituições democráticas do País.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Cortou o diálogo.

Portanto, é muito importante que percebamos se para o CDS a negociação do salário mínimo em âmbito

de concertação social deve ou não ser feita por razões que se prendem com a demonstração de que é

possível termos uma alternativa que devolva salários aos portugueses, que aumente os rendimentos dos

trabalhadores e que demonstre que a política, que foi seguida até aqui, foi uma política errada e que não

cumpre os mínimos de devolução de direitos aos trabalhadores portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, em nome de todos os Deputados, agradeço os seus cumprimentos.

Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Meireles.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, queria, em primeiro lugar, cumprimentar o Sr.

Deputado Tiago Barbosa Ribeiro pela sua intervenção, ainda para mais sendo, como eu, um Deputado do

distrito do Porto.

O Sr. Deputado saudou-me por eu fazer um exercício de memória. Ó Sr. Deputado, não foi difícil, até

porque a memória não é muito longínqua.

Disse-me o Sr. Deputado que será difícil o seu Governo ou os portugueses esquecerem, e eu lembrei-me

que talvez fosse necessário, primeiro, porque são os Srs. Deputados que parecem um tanto ou quanto

esquecidos e, depois, porque, de facto, o anterior Governo quando iniciou funções não precisava que o PS o

viesse lembrar de nada, porque havia funcionários de três instituições internacionais que todos os dias nos

ministérios faziam questão de lembrar os compromissos que os senhores tinham assumido.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

De maneira que isso tornava-se um acontecimento diário e não era preciso lembrar.

Já para o Governo do PS, não tendo esses funcionários — e felizmente para todos nós e também para os

senhores, certamente —, há necessidade de agora vos vir lembrar, uma vez que os senhores parecem

bastante esquecidos (e faço-o até com alguma alegria), que não deixa de ser interessante ouvir alguém

reconhecer uma coisa que nós estivemos a dizer durante tanto tempo: é que, de facto, o cumprimento das

metas do défice é importante, ao contrário do que os senhores muitas vezes disseram, ou seja, que isso era

uma coisa dos mercados, que era contra as pessoas… Não é! Isto ajuda a vida real e a vida concreta das

pessoas.

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