O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 18

18

O Sr. António Ventura (PSD): — Contudo, esta proposta incorre num erro e ilude quem a lê, ou seja,

descarrega totalmente a desgraça social e económica que se passa na ilha Terceira na Base das Lajes, o que

não corresponde minimamente à verdade. Os problemas da Terceira não são só relacionados com a Base das

Lajes.

Com efeito, a economia da ilha, que está tão frágil, tão moribunda, não existe, não consegue absorver a

economia resultante da diminuição dos seus efetivos militares. Por isso é que se torna um drama, por isso é

que se torna grande preocupação o facto de a restante economia da ilha não poder absorver os efeitos

negativos desta mesma diminuição.

Portanto, na Terceira temos uma crise, à qual se soma mais esta crise relacionada com os impactos

negativos da decisão unilateral dos Estados Unidos.

É também importante salientar que fazer recair as culpas sobre a Base das Lajes não corresponde à

verdade e, pior do que isto, é mascarar os resultados de uma governação do PS, nos Açores, que vai para 20

anos. Este é, efetivamente, um grande problema!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Ventura (PSD): — Esta proposta de lei não pode mascarar uma governação dos Açores, da

responsabilidade do PS, que vai para 20 anos.

Aplausos do PSD.

Não se pode desculpabilizar com a Base das Lajes a ineficiência, a irresponsabilidade, o não fazer, o atirar

para a frente, o querer manipular a sociedade, o querer controlar a sociedade. A Base das Lajes não é um

bode expiatório.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Ventura (PSD): — O próprio Governo Regional faz uma mea culpa de toda esta questão

quando, de forma apressada, junta papéis e atabalhoadamente apresenta um plano de reivindicação da ilha

Terceira, que não é mais do que o agrafar de um conjunto de promessas de 15 anos de ineficiência. O agrafar

desse conjunto de promessas é fazer crer que «agora é que vai ser», «agora é que vamos fazer», «vamos

aproveitar a Base das Lajes para passar um pano, uma esponja, para desresponsabilizar todo o nosso

serviço», que devia ser um serviço do Governo Regional, que não cumpre aquilo que devia cumprir.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Ventura (PSD): — Ora, fazendo uma apreciação óbvia e direta do Plano, resulta logo uma

grande conclusão: se o Governo Regional tivesse feito o que prometeu durante os últimos 15 anos, este

Plano, em maioria, não era preciso para a ilha Terceira.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Ventura (PSD): — Esta é, efetivamente, a grande conclusão.

Portanto, o Plano não pode ser uma fuga para a frente, não pode ser o branquear do passado, não pode

ser o branquear de uma incompetência.

Mas, Srs. Deputados, a proposta de lei que hoje está em discussão é uma proposta que ajuda, mas é uma

migalha, comparativamente com a atuação do Governo anterior, que ganhou as eleições e que foi derrubado

neste Parlamento. Esta proposta, repito, é uma migalha, comparativamente àquilo que já foi a solidariedade do

Governo liderado por Passos Coelho, que, antecipadamente, transferiu cerca de 26 milhões de euros em

fundos estruturais e disso não fez publicidade.

Páginas Relacionadas
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 18 16 Aplausos do CDS-PP. Isto
Pág.Página 16
Página 0017:
18 DE DEZEMBRO DE 2015 17 A ilha Terceira vive um período específico e excecional,
Pág.Página 17