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24 DE DEZEMBRO DE 2015

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O CDS, por outro lado, precisa de voltar a ser o partido do contribuinte, quer voltar a ser o partido que se

atira com violência e estraçalha governadores do Banco de Portugal, para nunca mexer uma palha na lei que,

de facto, regula os bancos que, depois, vão à falência.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — E o que isso incomoda o Bloco de Esquerda!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Srs. Deputados, não se deixem convencer, não se deixem toldar nem

enganar pelos vossos desejos. É que o CDS não pode passar a vida a encostar-se ao PSD para fazer parte do

Governo e duas semanas depois fingir que nunca lá esteve. Já vimos este filme, Srs. Deputados! Já vimos

este filme do CDS!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não se preocupe. A Sr.ª Deputada está muito preocupada!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Mas comecemos pelos argumentos que aqui foram apresentados,

designadamente pelo argumento da supervisão.

A tal comissão de inquérito sobre a qual os Srs. Deputados vieram aqui dizer que foi muito elogiada,

imparcial, com conclusões importantíssimas para o País, essa comissão de inquérito chegou à conclusão de

que o Banco de Portugal cometeu falhas muito graves no «caso BES». E, Srs. Deputados, se a culpa do Banif

também é do Banco de Portugal, então, vão ter de explicar ao País por que é que mantiveram Carlos Costa à

frente do Banco de Portugal e não mudaram nenhuma regra do sistema bancário.

Aplausos do BE e do Deputado do PS Ascenso Simões.

É vossa responsabilidade! A supervisão falhou, porque podiam ter mudado e não mudaram!

Mas passemos à tal preocupação com os contribuintes.

Aparece agora o CDS, numa posição também bastante surpreendente, a dizer que o melhor, melhor, teria

sido imputar perdas a todos os credores,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Está obcecada!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — … incluindo depositantes acima de 100 000 €, pequenas empresas e

emigrantes.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não é verdade!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Todos percebemos que só o dizem, porque não o podem fazer, porque,

se o pudessem fazer, não o faziam. Ou deixavam Bruxelas tomar conta do caso, enquanto se faziam de

vítimas na posição de Governo — «foi Bruxelas que mandou, não pudemos fazer nada» —, ou, então, não o

faziam. É que, quando olhamos para o «caso BES» e para a resolução que foi tomada no «caso BES», o PSD

e o CDS no Governo não só mantiveram os depósitos acima de 100 000 €, como pouparam os credores

séniores e passaram um cheque de 3900 milhões do dinheiro dos contribuintes para salvar o BES. Não

fizeram no BES aquilo que agora defendem para o Banif!

Aplausos do BE.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não é verdade!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Isto, Srs. Deputados, leva-nos ao argumento seguinte, que é o

argumento de que o PSD e o CDS, no «caso BES», imputaram as perdas ao sistema financeiro e, agora, este

Governo está a fazer os contribuintes pagarem.

Srs. Deputados, os senhores estão conscientes de que os 1100 milhões que foram injetados no Banif, pelo

Governo PSD/CDS, eram dinheiro dos contribuintes?! Sabem disso?! Sabem também, com certeza, que os

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