O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 DE DEZEMBRO DE 2015

33

não era viável e que era preciso apresentar uma resposta com urgência até março de 2015. Qual foi a

resposta do anterior Governo? Nenhuma!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Não é verdade!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Os senhores não apresentaram nenhum plano de reestruturação até

março de 2015!

Aplausos do PS.

Em dezembro de 2014, o Banif não conseguiu pagar o empréstimo de 125 milhões de euros ao Estado. Os

senhores também continuaram a não estranhar essa situação e não despertaram para a situação difícil,

dramática, em que se encontrava o Banif.

Os senhores não estranharam a desvalorização bolsista de cerca de 98% ou 99% do Banif? Isso não dizia

— aliás, disse! — à opinião pública que a situação em que o banco se encontrava era extremamente difícil?

Mas os senhores continuaram indiferentes e insensíveis à situação.

O Governo PSD/CDS tinha ou não toda a informação para intervir no Banif e, com isso, evitar esta conta de

2255 milhões de euros? Tinha toda a informação e devia ter agido, mas não o fez.

E por que razão não o fez? Por razões de gestão do calendário eleitoral, e isso está à vista de todos!

Aplausos do PS.

Por que razão não foi possível adiar esta decisão para mais tarde? Por três razões: primeiro, porque a

venda voluntária do Banif falhou no dia 18 de dezembro; segundo, porque, na passada segunda-feira, o Banif

ficou impedido de se financiar junto do Banco Central Europeu; terceiro, porque o Mecanismo Europeu não

atribuiu a licença a um banco de transição.

Portanto, só havia aqui duas saídas legais: ou a resolução com venda, que foi a solução adotada, ou a

liquidação do Banco.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — E a liquidação do Banco tinha um custo muito superior ao dobro da

resolução com venda.

O CDS aqui, no Parlamento nacional, votou contra, na generalidade, este Orçamento retificativo, embora

na Madeira e nos Açores tenha votado a favor. O certo é que aqui, ao votar contra, está a dizer que preferia

outra opção, ou seja, o despedimento de 1600 trabalhadores,…

O Sr. Carlos César (PS): — É verdade!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — … o impacto negativo na economia dos Açores e da Madeira, o

esvaziamento do Fundo de Garantia de Depósitos e, também, uma crise de contágio ao setor bancário.

Esta, para nós, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, foi a solução mais acertada, a que

defende melhor os interesses dos contribuintes e o interesse nacional.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado João Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, em primeiro lugar, queria agradecer ao Sr.

Deputado João Paulo Correia por ter dedicado ao CDS toda a sua intervenção. Percebo que não a dedique

aos companheiros de coligação de Governo, porque tinha pouco para lhes dizer neste momento, a não ser

perguntar-lhes por que é que não apoiam a proposta que aqui trazem.

Páginas Relacionadas
Página 0037:
24 DE DEZEMBRO DE 2015 37 Faça favor, Sr. Deputado Luís Montenegro. O
Pág.Página 37