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I SÉRIE — NÚMERO 29

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O Sr. Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Também para uma declaração de voto oral, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Muito bem.

Tem, então, a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Tivemos a

oportunidade de votar aqui hoje três iniciativas para a criação de uma comissão de inquérito parlamentar sobre

o que se passou no Banif e que foram apresentados, um, pelo Partido Socialista, Bloco de Esquerda, PCP e

Partido Ecologista «Os Verdes», outro, pelo Partido Social Democrata e, um outro, pelo CDS-PP. Tivemos

ainda a oportunidade de votar um pedido de uma auditoria externa, independente, apresentado pelo PSD.

O CDS votou a favor de todos este projetos, independentemente de quem os propunha e dos seus

considerandos. Obviamente, que não nos revíamos em todos os considerandos. Obviamente que havia até

considerandos que eram, do nosso ponto de vista, desrespeitadores de algo que tinha sido a atividade de um

governo de que o CDS fez parte. Mas hoje não era isto o mais importante.

O mais importante hoje, aqui, era perceber aquilo que questionei dali, da tribuna. Ou seja, se estávamos

dispostos a fazer o que o País espera do Parlamento, porque, infelizmente, já tem poucas expectativas em

relação aos seus políticos, ou a fazer um jogo de passa-culpas, servindo a comissão de inquérito ao Banif,

única e exclusivamente, para dizer se a culpa é do Governo atual ou se é do Governo anterior, ou se, pelo

contrário, estávamos disponíveis para irmos ao fundo do problema, sem quaisquer restrições, e apurarmos

quais as entidades, públicas e privadas, nacionais e europeias, que intervieram no processo, que têm

responsabilidades e que, naturalmente, têm de responder perante este Parlamento, porque só respondendo

perante este Parlamento é que podem prestar contas aos cidadãos portugueses, que são, mais uma vez,

chamados a pagar a fatura de um banco, e que, naturalmente, merecem ter todo o respeito.

Dissemos que deveríamos seguir o exemplo de Deputados, como João Semedo ou Honório Novo, que, no

passado, estiveram disponíveis para que as conclusões das comissões parlamentares de inquérito fossem de

um Parlamento e não de uma fação. Infelizmente, confrontámo-nos hoje, aqui, com uma fação que apenas

está disponível para discutir as perguntas que formula porque, provavelmente, já sabe as respostas que vai

dar.

Nós estamos disponíveis, e continuaremos a estar, para todas as perguntas, porque não temos medo de

nenhuma das respostas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, o Sr. Deputado João Galamba.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr. Presidente e Sr.as

e Srs. Deputados, matérias que o Partido Socialista

considera desrespeitadoras têm um voto único no Partido Socialista: votamos contra! Isto porque, de facto,

dizer que há matérias desrespeitadoras e votarmos a favor delas, não! O Partido Socialista isso não faz!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

A razão pela qual o Partido Socialista vota contra a auditoria externa é exatamente porque respeitamos a

comissão de inquérito e não queremos substituir a comissão de inquérito por uma avaliação externa.

Aplausos do PS do BE e do PCP.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Isso era no tempo do Salazar!

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