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23 DE FEVEREIRO DE 2016

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Se há algum consenso que devemos ter — já que esta também é uma palavra que agora é tão cara quer a

um, quer a outro— é o consenso sobre a matemática. Creio que, a este respeito, os números não mentem.

Sr. Primeiro-Ministro, para terminar, dir-lhe-ei que cá estaremos para debater este Orçamento do Estado,

que é um Orçamento do Estado intercalar, é o intervalo entre a versão inicial e a versão final, que será o plano

b, que ansiamos por conhecer e que o Sr. Primeiro-Ministro teima em esconder. Mas cá estaremos neste

debate e cá estaremos mais à frente, também, para discutirmos esse plano b. E cá estaremos também para

ver para onde nos vai levar esta aventura orçamental!

É que, Sr. Primeiro-Ministro, de 2011 a 2015, saímos da recessão e começámos a crescer — já

começámos a crescer em 2014 e em 2015! —, equilibrámos as contas públicas e tivemos o défice mais baixo

de que há memória,…

O Sr. João Galamba (PS): — Quando?!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … estávamos a baixar impostos e estávamos a repor rendimento de

forma gradual, estávamos a baixar quer o IRS, quer o IRC e a repor rendimentos de forma gradual

O Sr. João Galamba (PS): — E a aumentar a fiscalidade verde!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Estávamos, é verdade, a fazê-lo com prudência, com credibilidade!

Protestos do PS e do BE.

Sei que vos dói, mas ouçam, que é importante.

E, sobretudo, fizemo-lo com respeito pelo esforço e pelo sacrifício que os portugueses fizeram nos últimos

anos.

Aquilo que desejo é que os senhores não desperdicem, não deitem borda-fora o esforço e o sacrifício de

tantas e tantos portugueses, de tantas famílias e de tantas empresas portuguesas!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, como tem sido habitual nestes debates, sempre que um Sr.

Deputado ultrapassa o tempo que lhe é destinado, a Mesa considera que esse tempo será descontado no

tempo atribuído ao seu partido. A Mesa não intervém, pois, nesse sentido, porque pensa que isso deve ficar

ao critério da autodeterminação dos grupos parlamentares.

Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, permita-me que comece por

elogiar a sua capacidade de síntese e também a sua coerência… Este é, de facto, um Orçamento de que o Sr.

Deputado não pode gostar, porque este é um Orçamento alternativo e que marca uma mudança relativamente

à política que o senhor apoiou e que queria prosseguir.

Aplausos do PS, do BE e do PCP.

De facto, este Orçamento tem um objetivo principal: o de pôr termo aos sacrifícios que os senhores

impuseram aos portugueses ao longo destes quatro anos.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

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