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I SÉRIE — NÚMERO 39

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PSD e CDS sempre disseram que tal coisa não seria possível, que era uma fantasia e fizeram tudo em

público e na sombra, em português e em estrangeiro, para que este Orçamento não avançasse e os seus

desejos se transformassem em realidade.

Primeiro, apostaram que o Governo nunca teria o apoio dos seus parceiros à esquerda — e enganaram-se.

Depois, fizeram claque contra um Governo que tentava negociar o Orçamento em Bruxelas, tentaram

enfraquecer o seu poder negocial e fizeram tudo o que era imaginável, mas, sobretudo, lamentavelmente,

fizeram o inimaginável para que o Orçamento do Estado fosse chumbado ou suficientemente alterado para o

desvirtuar — e, mais uma vez, falharam.

Finalmente, já em jeito de desespero, apostaram tudo na fúria dos mercados e das agências de rating — e

falharam, de novo.

A estratégia de boicote sistemático da direita portuguesa falhou em toda a linha, para bem do País e das

famílias portuguesas.

A derrota da direita representa, portanto, uma vitória para o País. Depois de quatro anos de

empobrecimento, a que se seguiriam outros quatro a fazer o mesmo, o novo Governo, com o apoio

parlamentar de toda a esquerda, diz «basta!» e muda mesmo de política, Srs. Deputados. E faz o que diz, o

que também constituiu uma novidade, face aos últimos anos, que não deve deixar de ser assinalada: cumprir a

Constituição, cumprir os compromissos eleitorais e de Programa do Governo, cumprir os compromissos com

os partidos à nossa esquerda, cumprir os nossos compromissos internacionais. Trata-se de um Orçamento

que cumpre tudo aquilo que foi prometido. Aqui está a verdade deste Orçamento que a direita não suporta.

Mas PSD e CDS aguentam esta desfeita? Ai aguentam, aguentam, até porque não têm alternativa e,

sobretudo, não saberiam que alternativa propor!

Aplausos do PS, do BE e do PCP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Inscreveram-se, para pedidos de esclarecimento, dois Srs.

Deputados e o Sr. Deputado João Galamba informou a Mesa que pretende responder em conjunto.

Tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Lopes Soares.

Pausa.

Sr.as

e Srs. Deputados, como sabem, foi acordado e anunciado que, a partir do momento em que os

Deputados já não dispusessem de tempo— e é o caso do Sr. Deputado João Galamba —, começariam a ser

descontados os tempos de amanhã, como acontece em todas as discussões do Orçamento do Estado em

sede de generalidade, como saberão as Sr.as

e os Srs. Deputados que se encontram no Parlamento há mais

tempo.

Tem a palavra, Sr. Deputado Hugo Lopes Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as

e Srs. Membros do

Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Deputado João Galamba, queria começar por felicitar o Grupo

Parlamentar do Partido Socialista por tê-lo escolhido a si para fazer esta primeira intervenção de fundo do

Partido Socialista sobre este Orçamento do Estado.

E queria fazê-lo por duas razões. A primeira é porque, de facto, num Orçamento que tem um cunho tão

grande do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista «Os Verdes» quem

melhor do que aquele Deputado que, aparentemente, mais próximo é desta esquerda radical para fazer esta

intervenção!?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — A primeira pergunta que lhe deixo é se também já está de acordo

com o Bloco de Esquerda — porque estava no passado e queria saber se agora continua de acordo — quanto

ao afastamento que querem fazer do Syriza. É que o Bloco de Esquerda já descolou do Syriza, já descolou do

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