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I SÉRIE — NÚMERO 40

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Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — … mas gostava de lembrar que o que o CDS tem feito neste debate do

Orçamento é um puro exercício de ocultação. O que é que seria para as famílias e para o País, um Orçamento

do CDS? O que é que seria?! Uma vez que os Srs. Deputados não esclarecem esse cenário, eu gostava de

propor-lhes um exercício de imaginação sobre o que seria um Orçamento, caso o CDS e o PSD estivessem no

governo. Portanto, vou fazer-lhes um relato possível caso esse cenário estivesse a acontecer. Aqui vai o

relato.

O Sr. Ministro Mota Soares anunciou no debate do Orçamento do Estado o congelamento de todas as

pensões acima dos 262 euros e novos cortes para cumprir o compromisso de reduzir 600 milhões de euros na

segurança social.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sobre a reposição dos feriados, remeteu para uma reunião com o Papa,

a realizar em 2018. O Ministro preferiu não comentar as estatísticas que apontam para um aumento da taxa de

pobreza.

À saída de uma reunião com a CIP (Confederação Empresarial de Portugal), o Ministro rejeitou qualquer

subida do salário mínimo e Passos Coelho, que o acompanhava, insistiu que a reforma que falta fazer no País

é a redução dos custos do trabalho para atrair investimento.

No debate, Paulo Portas explicou que não havia margem para mexer no IRS, nem no IVA e que, portanto,

haveria uma penalização de 417 milhões de euros no IRS para a classe média e de 740 milhões de euros no

IVA, em relação às propostas da esquerda.

Vozes do BE: — Exatamente!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Confrontado com a proposta de um plano plurianual de combate à

precariedade subscrito pelo Bloco de Esquerda, pelo PS, pelo PCP e por Os Verdes, o então Vice-Primeiro-

Ministro declarou que mais vale um recibo verde do que ficar em casa e aproveitou para anunciar um novo

protocolo entre os centros de emprego e a workforyou para o recrutamento de jovens estagiários.

Aplausos do BE.

Em Coimbra, o Ministro Calvão da Silva, acompanhado pelo Secretário de Estado João Pinho de Almeida,

visitou as cheias apelando à proteção divina. «Deus fará a sua parte!», declarou o Ministro.

Risos do BE.

Protestos do CDS-PP.

Em Lisboa, os trabalhadores do Metro continuam em greve contra o plano de despedimentos do novo

operador privado e, no Porto, os utentes desesperam nas paragens em virtude dos cortes que resultaram da

privatização. Sérgio Monteiro, o Secretário de Estado, considera, contudo, que este foi um bom negócio.

Na véspera do Orçamento, a Ministra Assunção Cristas participou da iniciativa promovida pelos promotores

Pelo Direito a Nascer e, ao lado de Isilda Pegado, reiterou o compromisso do Governo com as alterações à lei

do aborto.

Sobre o congelamento do abono de família, que este Orçamento mantém, a Ministra do CDS afirmou

apenas que foi o resultado das negociações com Bruxelas.

Confrontada pelo Bloco sobre as centenas de despejos, resultado da lei das rendas, Cristas considerou

que eles permitem dinamizar o mercado de arrendamento.

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