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I SÉRIE — NÚMERO 40

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Aplausos do PS.

Não entramos nesse campeonato, mas registamos uma evolução. Quem liderou o anterior Governo passou

da aceitação passiva de medidas brutais para os portugueses para a projeção de personalidade. Era um

executivo tão ajoelhado, mas tão ajoelhado, a partir do qual, compreensivelmente, continua tudo a parecer

demasiado baixo e, obviamente, ajoelhado.

Este Orçamento demonstra que temos, finalmente, um Governo de desempobrecimento nacional, e é isso

que custa à direita, jogando, por isso, na estratégia do desespero e na histeria contra os interesses de

Portugal.

Ao longo das últimas semanas, ouvimos de tudo. Primeiro, ouvimos dizer que não haveria acordo entre os

partidos que apoiam o Governo, mas houve; depois, que o Orçamento não passaria em Bruxelas — e bem

tentaram trabalhar nos bastidores para que assim fosse —, mas passou; depois, que causaria problemas aos

partidos que apoiam o Governo, mas não causou; depois, que viria o dilúvio das agências de rating, mas

vejam lá, Srs. Deputados, continuou o bom tempo.

Protestos do PSD.

Resta-lhes a estratégia dos pequenos casos e uma espécie de exoterismo sobre o que se vai passar nos

próximos meses.

Pois não precisam de recorrer a nenhum bruxo! Nós dizemos-lhes o que vai acontecer: o Orçamento do

Estado vai ser aprovado e vai ser cumprido, invertendo a espiral de empobrecimento em que os senhores

mergulharam o nosso País.

Aplausos do PS.

O percurso que iniciámos é claro e traduz uma nova ação pública que valoriza o trabalho e que combate a

pobreza e a exclusão. Sabemos que o Sr. Ministro tem muito trabalho a fazer, porque o anterior Governo

transformou o então Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social num autêntico ministério da

falta de solidariedade, do desemprego e da insegurança social.

Por isso, este é também um Orçamento que apresenta uma errata, certamente, mas é uma errata ao

cinismo da direita, porque enquanto falavam de pobreza e de exclusão, PSD e CDS-PP aumentaram a

pobreza, e em especial a pobreza entre os mais vulneráveis.

Aplausos do PS.

Enquanto se propagandeava como amiga das famílias, a direita cortou abonos e cortou o RSI a 65 000

crianças, que, certamente, viviam acima das suas possibilidades…

Aplausos do PS.

Enquanto falava de apoio aos idosos, a direita manteve congeladas as pensões e cortou o complemento

solidário para idosos, aumentando o risco de pobreza entre eles.

Em tudo isto, falamos de opções. A direita diz que não. Insiste que é a realidade, quando, na verdade, é a

sua, é a vossa construção da realidade. E muitos interiorizaram essa posição, que é sempre ideológica e que

lançou pobres contra pobres, trabalhadores do setor privado contra trabalhadores do setor público, novos

contra velhos, ativos contra inativos, enquanto o País se ia afundando na destruição do nosso contrato social,

que é o programa realmente existente da direita portuguesa.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

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