10 DE MARÇO DE 2016
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Não somos um povo morto, nem sequer esgotado. Temos ainda um grande papel a desempenhar no seio
das nações, como a mais ecuménica de todas. O mundo não precisa hoje da nossa insuficiente técnica, nem
da nossa precária indústria, nem das nossas escassas matérias-primas. Necessita da nossa cultura e da
nossa vocação para o abraçar cordialmente, como se ele fosse o património natural de todos os homens.»
Pode soar a muito distante este retrato de Miguel Torga, quando se multiplicam hoje, na ciência, na técnica,
na criação da riqueza, tantos exemplos da inventiva portuguesa, entre nós ou nos confins do universo.
E, no entanto, Torga viu o essencial. O essencial é que continuamos a minimizar o que valemos e, no
entanto, valemos muito mais do que, por vezes, pensamos ou dizemos.
O essencial é que o nosso génio — o que nos distingue dos demais — é a indomável inquietação criadora
que preside à nossa vocação ecuménica, abraçando o mundo todo.
Ela nos fez como somos.
Grandes no passado. Grandes no futuro.
Por isso, aqui estamos.
Por isso, aqui estou.
Pelo Portugal de sempre!
Aplausos do PSD, do PS e do CDS-PP, de pé.
O Sr. Presidente: — Está encerrada a sessão.
Eram 10 horas e 55 minutos.
A Banda da Guarda Nacional Republicana, postada nos Passos Perdidos, executou, de novo, o hino
nacional, tendo a Câmara aplaudido de pé.
Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.