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I SÉRIE — NÚMERO 45

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Sr.as e Srs. Deputados, empenhámo-nos muito numa cultura de diálogo, procurando que este Orçamento

tivesse a maior participação possível, acolhendo os mais variados contributos dos parceiros sociais e dos

partidos políticos.

Competiu ao Governo e ao PS, porém, acautelar, no acolhimento dessas propostas, a unidade e a

coerência de um documento que decorre do Programa do Governo aprovado nesta Assembleia.

Ao convocarmos os partidos para essa contribuição, não quisemos privá-los da sua liberdade, nem ofuscar

as suas divergências. O próprio PS, a propósito do Orçamento do Estado de 2015, salientou que raramente

uma proposta global desta natureza se reforma na sua alteração em especialidade, mas nunca fez o que o

PSD agora, na oposição, acabou por fazer: prescindir de melhorar um documento tão importante para o País,

não apresentando qualquer proposta alternativa.

Aplausos do PS.

A cultura democrática da atual maioria está à vista: enquanto nos últimos anos foram sempre rejeitadas as

propostas do PS pela maioria de então, agora foram aprovadas propostas de todos os partidos que as

submeteram, inclusive do CDS-PP.

Da caranguejola da direita, que se desconjuntou, foi o PSD que ficou a pé, mas não de pé,…

Aplausos do PS.

Risos do PSD.

… que não quis servir quem o elegeu, nem quis servir para o que foi eleito. Ficou à porta da democracia,

do lado de fora da procura do melhor para seu próprio País.

Aplausos do PS.

Votou contra mais de 70 artigos idênticos aos do Orçamento de 2015, que eram da sua autoria. Esteve por

aqui a votar contra o que concordava com a mesma leviandade com que se absteve em relação ao de que

discordava.

Aplausos do PS e do PCP.

Esta era a ocasião para o PSD se endireitar e dizer o que faria e entendia melhor para o seu País. Afinal, o

PSD nem se curou da aversão à esquerda, nem se endireitou, entortou-se, ainda vergado pelo despeito

partidário e tomado por absoluta paralisia.

Aplausos do PS.

É o pior dos destinos que agora podia reservar para si próprio, justamente quando o seu antigo parceiro, o

CDS-PP, deseja ultrapassá-lo e substituí-lo.

Pelo nosso lado, continuaremos a governar com sentido de mudança e com o entusiasmo da renovação

para preparar o futuro.

Nós estamos a olhar para a frente. O PSD escolheu ficar a olhar para trás.

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo: Está visto, este debate orçamental não

correu bem aos partidos da direita parlamentar.

Começaram por dizer que o Orçamento que hoje vamos aprovar nunca iria existir. A atual maioria

parlamentar foi descrita como uma «coligação negativa» e os acordos que estão na base do atual Governo

como documentos vazios e estéreis, incapazes de gerar os fundamentos para uma governação. Falharam: o

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