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I SÉRIE — NÚMERO 45

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descaramento pagasse imposto, de facto, não era preciso obrigar pessoas e empresas a pagar o mais brutal

aumento dos impostos sobre combustíveis da história deste País.

Aplausos do PSD.

Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, a desfaçatez política e a dissimulação não ficam

por aqui.

Que penoso foi ver o próprio Primeiro-Ministro vir a público vangloriar-se de não conseguir que a maioria

que o apoia esteja de acordo no que toca aos compromissos com a Grécia e com a Turquia.

O Primeiro-Ministro que escolheu — foi ele que escolheu — os seus parceiros, aqueles que o apoiam neste

Parlamento, em vez de procurar com eles assegurar a maioria que prometeu ao País, vinha aflito e até muito

irritado clamar pela responsabilidade do PSD, como que dizendo ao País que a sua maioria é só para a

mercearia, não é para as questões de Estado e para os compromissos do Estado português!

Aplausos do PSD.

E ainda quis dizer, e disse, que o PSD era incoerente e que o Bloco de Esquerda e o PCP, esses, eram o

ícone da coerência.

E o PS o que é? Diz que os seus parceiros são coerentes porque não respeitam os compromissos

europeus de Portugal, mas alia-se a eles. Como classificar este comportamento do Partido Socialista? O

mínimo que se pode dizer é que é, de facto, muito incoerente e muito irresponsável.

Isto é, nós que dissemos, antes da discussão, que votaríamos contra as normas da proposta de lei e que

nos absteríamos nas propostas de alteração, éramos incoerentes porque estávamos a fazer aquilo que

dissemos; eles, que prometeram que eram uma maioria sólida, consistente e duradoura, eram coerentes

porque não conseguiam — como não conseguiram —, dentro de si, chegar a acordo. Ou seja, eles eram

coerentes porque fazem, e fizeram, o contrário daquilo que disseram!

Se há quem chame a isto habilidade, se há quem chame a estas artimanhas socialistas habilidade, nós,

que estamos de boa-fé, com seriedade e com coerência, chamamos-lhe o que isto é, de facto: chico-

espertismo.

Aplausos do PSD.

Um chico-espertismo que é tão arrogante como saloio.

E nesta ocasião, e a propósito destas artimanhas, queremos dizer, de uma forma solene, responsável e

serena: o PSD é um partido livre, livre, sério e coerente que decide sempre em função do interesse nacional.

Aplausos do PSD.

Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo, no dia em que o Governo e o Primeiro-Ministro não tiverem o

apoio suficiente dos partidos que estiveram na base, no fundamento, da sua investidura parlamentar para

aprovar decisões estruturantes da governação, o Governo e o Primeiro-Ministro terão de tirar as devidas

consequências e, como já disse o Presidente do PSD, terão nesse dia de se demitir.

Aplausos do PSD.

É uma questão de seriedade, de responsabilidade política e de verdade.

E isto não é azedume e muito menos uma ameaça política.

Protestos do PS.

Isto é tão-só exercer o mandato popular com valores e princípios de seriedade, de transparência e, por que

não dizê-lo, de ética republicana.

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