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I SÉRIE — NÚMERO 62

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Ponto quatro, banco mau. Estranhamente, não ouvi aqui ninguém falar neste ponto, do banco mau. Mas, Sr.

Secretário de Estado, o Sr. Primeiro-Ministro, seu líder, numa conversa de café, lançou a ideia de um banco

mau. Com que dinheiro, Sr. Secretário de Estado, vão criar este banco mau? Para pagar o quê e a quem? Penso

que já passou o tempo suficiente para conhecermos o seu pensamento estratégico e o plano que tem para o

banco mau.

Sr. Deputado João Galamba, garanto-lhe, o PSD não está disponível para serem os portugueses a pagarem

as negociatas do banquete socialista.

Ponto cinco, nacionalização. Sr. Deputado Miguel Tiago, os senhores defendem a nacionalização de todos

os meios de produção por questões meramente ideológicas,…

Protestos do PCP.

… não é por razões objetivas, nem de melhoria das condições da economia. Os senhores querem

nacionalizar todo o País — os transportes, a saúde, a educação, tudo!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Ai é?! Este é o exemplo mais evidente!

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Mas, Sr. Deputado, não consta que seja o controlo público estatal a via

para a solução de todos os problemas. Sr. Deputado João Oliveira, não consta que os países de inspiração

comunista tenham os seus problemas resolvidos, alguns até já pedem ajuda ao FMI.

Aplausos do PSD.

Protestos do PCP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Mais um defensor do Ricardo Salgado! Está a falar o Ricardo Salgado, da

tribuna!

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, o controlo público estatal da banca

causa ao País percas reputacionais e o afastamento do investimento estrangeiro.

É tempo de cautela e de prudência e de, em conjunto, construirmos um sistema cada vez mais completo e

exigente, capaz de reestruturar a confiança dos portugueses, e o interesse nacional a isso nos obriga.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para encerrar este debate, tem a palavra, em nome do Governo, o Sr. Secretário de

Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças Ricardo Mourinho Félix.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados:

Na minha intervenção final, não posso deixar de começar por agradecer ao Partido Comunista Português a

possibilidade de fazermos aqui este debate.

Penso que, após uma crise financeira prolongada e extremamente dura para todos os portugueses, todas as

discussões são legítimas. Devemos ter abertura de espírito e de pensamento e de ser capazes de discutir aquilo

que muitos de nós achávamos que eram verdades fixas e que não mereciam qualquer espécie de discussão.

É absolutamente claro para todos que o Governo tem uma perspetiva do sistema financeiro que não é aquela

que é defendida pelo PCP. Essas diferenças foram assumidas, e são assumidas, desde o início, porque o

Governo tem um apoio parlamentar que reconhece as diferenças e que explora, sobretudo, aquilo que são as

similitudes e o espaço de entendimento entre as forças, no Parlamento, que dão suporte ao Governo e que têm

permitido uma política que vire a página da austeridade e ponha o País na senda de um crescimento mais igual

e mais inclusivo.

Aplausos do PS.

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