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30 DE ABRIL DE 2016

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Aplausos do PS.

Portanto, Sr. Deputado, explique a esta Casa onde está essa sua visão da estabilidade do sistema financeiro

e do contributo que o PSD deu nesta Casa, neste País, para resolver e garantir essa mesma estabilidade.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Manuel Rodrigues informou a Mesa de que responde em conjunto, pelo

que tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Miguel Tiago.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Manuel Rodrigues, é uma intervenção de grande

irresponsabilidade, ou de tentar livrar-se das responsabilidades que tem, talvez, e absolutamente inaceitável vir

aqui dizer que o anterior Governo, durante os últimos quatro anos, assegurou a estabilidade do sistema

financeiro, como se daí tivesse resultado apenas um grande benefício para os portugueses. O Sr. Deputado

esqueceu-se, inclusivamente, de que deixaram o BANIF na situação em que deixaram, apesar do capital ser

maioritariamente público, de que se demitiram de controlar aquele Banco, deixando-o nas mãos dos acionistas

privados, de que desbarataram os recursos públicos e de que conduziram o BANIF — aliás, nessa altura, com

o apoio do seu Governo — à situação em que tivemos de colocar lá mais 3300 milhões de euros.

Sr. Deputado, quando foi o anterior Governo que resolveu o BES e empenhou 4900 milhões de euros dos

portugueses nessa resolução…

Vozes do PCP: — É verdade!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — … e que, no total, colocou quase 20 000 milhões de euros dos portugueses

na banca, vir aqui dizer que a banca pública representa um gasto dos contribuintes?!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sinceramente!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Ó Sr. Deputado, então os 20 000 milhões que lá meteu eram de quem? Não

eram dos contribuintes, Sr. Deputado?!

Sr. Deputado, sobre a supervisão financeira é o garante, como diz, se ela é a salvaguarda do interesse dos

contribuintes, então, o Sr. Deputado acaba por dar razão à necessidade da banca pública. Isto porque, se a

supervisão bancária é a salvaguarda dos nossos interesses e se a supervisão bancária se tem mostrado o mais

ineficaz dos mecanismos, então está mesmo na altura de acabar com essa ilusão e chamar para o controlo

público aquilo com que não se pode brincar, que são as poupanças dos portugueses.

Sr. Deputado Manuel Rodrigues, há muitas diferenças, mas há uma grande diferença entre a visão do PSD

e a do PCP sobre o sistema financeiro: o Sr. Deputado quer que os banqueiros confiem no País e o PCP acha

que o País não pode confiar nos banqueiros!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É isso mesmo!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — A história tem-nos dado razão e o povo português também.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Rodrigues.

O Sr. Manuel Rodrigues (PSD): — Sr. Presidente, os Srs. Deputados há pouco questionavam a

estabilização do sector financeiro. Eu gostaria de recordar 2011, que os Srs. Deputados conhecem bem: era o

Partido Socialista que estava no Governo, foi o Partido Socialista que pediu o resgate financeiro e foi o Partido

Socialista que levou o País à bancarrota!

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