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I SÉRIE — NÚMERO 75

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de crianças e jovens em risco, como se os idosos fossem menores, como se os idosos fossem cidadãos

diminuídos e sujeitos a tutela. Ainda por cima, as comissões de proteção de crianças e jovens em risco foram

esvaziadas de centenas de técnicos por uma decisão do antigo Ministro Pedro Mota Soares.

O Sr. PedroFilipeSoares (BE): — Bem lembrado!

O Sr. JoséMouraSoeiro (BE): — Sr.ª Deputada, não está aqui em causa a necessidade de reativar a linha

Saúde 24 Sénior, como já propusemos também; não está em causa a necessidade de melhorar a representação

dos reformados e dos pensionistas no Conselho Económico e Social, como o BE já propôs, através de um

projeto de lei que está, neste momento, pendente na Assembleia da República; não está em causa a

necessidade de formar profissionais na área da geriatria ou de regular a profissão de gerontólogo, como o

Parlamento decidiu por iniciativa do BE há poucas semanas; não está em causa a vantagem e a necessidade

de divulgar o testamento vital para torná-lo mais conhecido, proposta que, naturalmente, é útil e que nós

defendemos; não está em causa a necessidade de reformar a rede de cuidados continuados ou o serviço de

apoio domiciliário, como o Bloco de Esquerda tem insistido, ou a necessidade de concretizar o estatuto do

cuidador informal, que já foi objeto de uma decisão deste Parlamento; o que está em causa, Sr.ª Deputada, isso,

sim, é não fazermos da política um exercício de hipocrisia.

Pela nossa parte, cá estamos. O Bloco de Esquerda cá está para uma política integrada que não faça dos

idosos uma bandeira de ocasião mas que olhe para os idosos como uma parte da população que vê, finalmente,

a sua dignidade começar a ser resgatada ao fim de quatro anos de empobrecimento, que o CDS e o PSD

promoveram.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para responder a este conjunto de quatro pedidos de esclarecimento, tem a palavra a

Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto.

A Sr.ª IsabelGalriçaNeto (CDS-PP): — Sr. Presidente, queria, em primeiro lugar, agradecer as perguntas

e os comentários das Sr.as e dos Srs. Deputados e, depois, saudar e registar até o acordo, que parece alargado,

com a maioria, em relação a um número significativo de propostas que aqui apresentamos. É para isso que aqui

estamos, para construir pontes.

Perguntam-me onde andámos nos últimos quatro anos. Onde andámos?! De uma vez por todas, Srs.

Deputados, andámos a pagar dívidas de um País que nos foi deixado…

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Protestos do PS e do PCP.

Vou repetir: andámos a pagar dívidas de um País que nos foi deixado à beira da bancarrota, na certeza

absoluta de que o maior inimigo do Estado social, o maior inimigo dos idosos é o Estado falido que os senhores

nos deixaram!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Aliás, neste debate, convém avivar algumas memórias. Convém lembrar que não fomos nós, foi o Partido

Socialista que inscreveu o corte das pensões no Memorando de Entendimento. Estão lembrados disso, Srs.

Deputados? Estão lembrados disso?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A propósito de lembrar, também convém dizer que nos últimos quatro anos…

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