O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 80

4

Não compreender isto é esquecer os anseios das pessoas, é ignorar o perfil das nossas empresas, é

desconhecer o padrão da nossa economia e, por todas estas razões, é insistir num caminho necessariamente

desastroso para o País.

Queremos, como quer a direita, um País exportador, um País competitivo, um País sustentável. Mas o

modelo dos últimos quatro anos não assegurou nenhum destes objetivos e até comprometeu a base económica

nacional porque estrangulou, de forma brutal, o mercado interno,…

Protestos do Deputado do PSD Paulo Neves.

… destruindo boas empresas no alto do altar de uma efusiva e incompreensível obsessão pela redução de

rendimentos e pelo empobrecimento severo do País.

Aplausos do PS.

Mas os factos não enganam: entre 2010 e 2015, o aumento do PIB só ocorreu quando se verificou o aumento

da procura interna. Vou repetir: entre 2010 e 2015, o aumento do PIB só ocorreu quando se verificou o aumento

da procura interna. Em 2010, o PIB cresceu 1,9% e a procura interna também cresceu 1,9%. Em 2014, o PIB

cresceu 0,9% e a procura interna cresceu 2% e, finalmente, o PIB cresceu 1,4%, em 2015, com a procura interna

a crescer 1,9%.

Nestes anos a procura externa foi sempre negativa. Foi, apenas, nos anos que o PIB caiu, ou seja, em 2011,

em 2012 e em 2013, que a procura externa foi positiva.

Na verdade, no passado, sempre que as contas com o exterior foram positivas, o País estava em recessão,

porque a procura interna caiu a pique.

Foi assim nos últimos quatro anos, conforme já demonstrei, e foi assim, também, nas últimas três décadas.

Por isso, o que nós propomos fazer não é pouco, não é fácil, mas é a ambição necessária para recolocar o

País na rota das principais economias europeias.

Por isso, temos um outro caminho, um percurso mais complexo, mais difícil, mas bastante mais consistente

e capaz de assegurar duas coisas, aparentemente inconciliáveis em Portugal: crescimento económico com o

aumento das exportações líquidas. No contexto económico português e numa análise de médio prazo, isto só é

possível sem desprezar o peso, a importância e o papel do mercado interno.

Por isso, damos voz às empresas, acolhemos, na nossa estratégia, a importância do potencial endógeno

nacional, como seja a indústria do calçado, o têxtil, o vinho, o cluster automóvel, o cluster do turismo, e traçamos

uma abordagem que envolve a dinamização do mercado interno com devolução de rendimentos, o que permite

alcançar o que nunca foi obtido nas últimas décadas: colocar o País a crescer ao mesmo tempo que apresenta

um saldo positivo das contas com o exterior.

Aplausos do PS.

Isto não se faz, como o PSD e o CDS nos demonstraram na sua experiência governativa, matando o mercado

interno, secando a audácia dos empresários e anulando a confiança dos consumidores.

Protestos da Deputada do PSD Teresa Morais.

Esse cocktail de insensatez económica, que roça mesmo o absurdo político, saiu-nos muito caro, seja nas

insolvências de empresas, seja no desemprego, seja no crédito vencido das famílias, seja, também, no rombo

inaceitável na proteção social, atirando jovens e velhos para uma miséria que devia corar de vergonha esses

governantes.

Protestos da Deputada do PSD Teresa Morais.

Páginas Relacionadas
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 80 42 Chave Móvel Digital, e à sexta alteração ao De
Pág.Página 42