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I SÉRIE — NÚMERO 80

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O primeiro foi o que saiu ontem, que é o facto de Portugal ter sido só o segundo País da Europa onde o

índice de produção industrial mais cresceu.

Protestos do PSD.

Não me venham dizer agora que isto é obra do PSD e do CDS, porque já estávamos em abril.

Protestos do PSD.

Mais, tivemos um crescimento do índice de confiança dos consumidores. Portanto, Sr. Presidente, Sr.as e

Srs. Deputados, fica claro o desespero do PSD, no que diz respeito àquilo que é uma política positiva, que vai

conseguir puxar pela economia, puxar pelas empresas, garantir o crescimento económico, aumentar o emprego

e dar esperança, novamente, às empresas, aos empresários e aos portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Não sei se o Sr. Deputado Carlos Pereira não se terá esquecido de responder às

perguntas de um dos Srs. Deputados.

Risos do PSD.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Deputado Paulino Ascenção corroborou, de alguma forma, as nossas ideias sobre a forma como

Portugal deve crescer e como se deve contrariar este crescimento do desemprego.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Ministro da Economia, Caldeira Cabral.

O Sr. Ministro da Economia (Manuel Caldeira Cabral): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Portugal está a

sair de um momento de arrefecimento económico que tem vindo a acontecer desde meados do ano passado.

Dependendo dos indicadores, temos o crescimento económico a abrandar já durante a segunda metade do ano

passado, antes da entrada em funções do atual Governo, indicadores que continuaram a arrefecer no 1.º

trimestre. Tivemos a taxa de crescimento a desacelerar desde quase o início do ano; tivemos o investimento a

desacelerar quase desde o início do ano passado; e tivemos as exportações também a desacelerarem desde,

pelo menos, agosto do ano passado, com reflexos ainda visíveis no 1.º trimestre.

Há indicadores mais positivos, como, por exemplo: os indicadores de produção industrial, de abril, já aqui

citados; a confiança dos consumidores; os indicadores sobre exportações para os países da União Europeia

também estão a dar sinais muito positivos; ou, se quiserem, os indicadores sobre o turismo, que também

apontam para que, depois de vários anos bastante positivos, venhamos a ter um ano ainda mais positivo, com

um recorde do número de turistas, um aumento de 17% dos proveitos no 1.º trimestre, de 12% nas dormidas e

de 12% nos hóspedes.

O discurso de que está tudo a correr mal e de quanto pior, melhor é um discurso que não convence os

portugueses, é um discurso destrutivo, é um discurso que não interessa a ninguém.

Aplausos do PS.

Vir à Assembleia da República dizer que o desemprego aumentou quando, comparado com o de há um ano,

o desemprego tem 45 000 pessoas a menos e, portanto, teve uma evolução positiva, com uma criação líquida

de emprego também positiva. Mas o papel do Governo não é o de discutir indicadores, não é o de olhar para

indicadores que estão a arrefecer e ficar parado. O papel do Ministro da Economia é olhar para os indicadores

e dizer: «Estes indicadores não nos satisfazem, não nos deixam contentes, deixam-nos insatisfeitos!» Se calhar,

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