O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

23 DE SETEMBRO DE 2016

33

a trazer o tema à Assembleia da República com uma proposta para alterar, precisamente, o Código do IVA, mas

sem sucesso.

Queremos, por isso, continuar a contribuir para acabar com a semiclandestinidade que ainda rodeia esta

atividade.

Para que haja uma equidade fiscal torna-se necessário alterar a Lei de Bases da Saúde, que irá garantir a

neutralidade do IVA, como princípio fundamental, e obrigar à igualdade de tratamento fiscal em atividades

similares, isto é, que praticam o mesmo tipo de atos ou serviços.

Pretendemos, acima de tudo, que a atividade dos profissionais das terapêuticas não convencionais, tanto na

elaboração de diagnósticos como na aplicação de tratamentos, produza efeitos fiscais idênticos aos do exercício

da prestação de cuidados médicos convencionais, quer na esfera jurídica daqueles profissionais quer na dos

respetivos utentes.

Medicinas ou terapêuticas, convencionais ou não convencionais, constituem formas de os cidadãos

expressarem o seu direito à escolha. Nesta matéria ainda existem preconceitos e cabe também ao Estado

garantir justiça social.

O Sr. Presidente: — Para apresentar a iniciativa do CDS-PP, tem a palavra a Sr.ª Deputada Patrícia

Fonseca.

A Sr.ª Patrícia Fonseca (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: A prática das terapêuticas não

convencionais foi enquadrada legalmente em 2003 e, depois, regulamentada em 2013, durante, em qualquer

um destes períodos, Governos do PSD/CDS. Foi um longo período de 10 anos para regulamentar estas

profissões e foi, no nosso entendimento, um passo essencial para a segurança quer de utilizadores quer de

profissionais.

No entanto, a regulamentação da profissão não foi inequívoca relativamente ao enquadramento fiscal destes

profissionais, e isso levou a que, durante os últimos 13 anos, a mesma atividade profissional tivesse

enquadramento diferente em sede de IVA, consoante o serviço de finanças em que os diversos profissionais se

inscreviam, levando a que uns tivessem de cobrar IVA aos seus clientes e outros não, mas este não foi,

certamente, o espírito do legislador.

Mais recentemente, a Autoridade Tributária notificou diversos profissionais — continua, aliás, a fazê-lo —,

abrindo processos de execução fiscal a diversos terapeutas que não cobraram IVA aos seus clientes, não porque

tivessem fugido ao fisco mas porque os serviços de finanças onde se inscreveram determinaram a sua inscrição

numa atividade isenta de IVA.

Por outro lado, para a prática dos mesmos atos de saúde, os médicos que pratiquem as terapêuticas não

convencionais estão isentos de IVA.

Porque esta situação se revela injusta e discriminatória entre profissionais que praticam os mesmos atos de

saúde, porque também confere uma distorção da concorrência, como, aliás, afirmou a Autoridade da

Concorrência a propósito de uma exposição da Associação Portuguesa de Profissionais de Acupuntura, que

recomendou ao Governo a correção desta situação discriminatória (aliás, a Autoridade da Concorrência disse

ainda que «A análise realizada pela AdC…», Autoridade da Concorrência, «… não permitiu identificar nenhum

interesse público que permita justificar esta distorção da concorrência.»), e, ainda, porque este não terá sido o

espírito do legislador, como já afirmei, o CDS apresentou um projeto de lei que pretende regulamentar o

enquadramento fiscal destas terapêuticas não convencionais em sede de IVA, isentando-as, e um projeto de

resolução que pretende ver corrigida a cobrança retroativa do IVA a estes profissionais, solicitando, por isso,

que a Autoridade Tributária reveja a sua interpretação, aplicando o princípio da neutralidade fiscal.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, relembro que estamos a tratar de profissionais que estão acreditados com

base em requisitos da Organização Mundial de Saúde, que têm planos formativos, aprovados pela Agência de

Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e pela Direção-Geral de Saúde, e que estão reconhecidos pela

administração central dos serviços de saúde.

Portanto, esta será uma situação da mais elementar justiça fiscal.

Aplausos do CDS-PP.

Páginas Relacionadas
Página 0003:
23 DE SETEMBRO DE 2016 3 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. F
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 5 4 O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Por fim,
Pág.Página 4
Página 0005:
23 DE SETEMBRO DE 2016 5 A história demonstra que não há reforma possível para este
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 5 6 É por isso que é tão difícil para muitos portugu
Pág.Página 6
Página 0007:
23 DE SETEMBRO DE 2016 7 remuneratória em que o País se encontra e o vencimento men
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 5 8 O Sr. Bruno Dias (PCP): — É preciso alterar a si
Pág.Página 8
Página 0009:
23 DE SETEMBRO DE 2016 9 O Sr. João Oliveira (PCP): — Está a mentir!
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 5 10 O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamo
Pág.Página 10
Página 0011:
23 DE SETEMBRO DE 2016 11 Perguntamos nós: um decreto-lei de 1 de agosto ver
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 5 12 Também uma família de sete pessoas — duas delas
Pág.Página 12
Página 0013:
23 DE SETEMBRO DE 2016 13 Aplausos do PCP. Protestos do Deputa
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 5 14 Aplausos do PS. O que agor
Pág.Página 14
Página 0015:
23 DE SETEMBRO DE 2016 15 O que é que aconteceu? O que aconteceu foi que, num prime
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 5 16 terceiras e quartas habitações, nunca do lado d
Pág.Página 16
Página 0017:
23 DE SETEMBRO DE 2016 17 O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Portanto, será mu
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 5 18 desenvolvimento integrado e sustentável da econ
Pág.Página 18
Página 0019:
23 DE SETEMBRO DE 2016 19 Aplausos do PS. O Sr. Presidente: —
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 5 20 abandoná-lo por incapacidade financeira, tornan
Pág.Página 20
Página 0021:
23 DE SETEMBRO DE 2016 21 O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 5 22 Parece-nos, novamente, que o que faz sentido é
Pág.Página 22
Página 0023:
23 DE SETEMBRO DE 2016 23 A Sr.ª HeloísaApolónia (Os Verdes): — Tudo errado! Nós de
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 5 24 O Sr. DuarteFilipeMarques (PSD): — Se há tantos
Pág.Página 24
Página 0025:
23 DE SETEMBRO DE 2016 25 Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: —
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 5 26 A Sr.ª RitaRato (PCP): — Sr. Presidente,
Pág.Página 26
Página 0027:
23 DE SETEMBRO DE 2016 27 Mas, Sr.ª Deputada Joana Mortágua, queria trazê-la comigo
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 5 28 A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Termino, si
Pág.Página 28
Página 0029:
23 DE SETEMBRO DE 2016 29 Aquilo que os senhores não fizeram é aquilo que, nestes n
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 5 30 Importaria que, ao menos, salvaguardassem os di
Pág.Página 30
Página 0031:
23 DE SETEMBRO DE 2016 31 Protestos do PSD e do CDS-PP. O Sr.
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 5 32 relativamente à cobrança retroativa do IVA às p
Pág.Página 32
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 5 34 O Sr. Presidente: — Para apresentar a iniciativ
Pág.Página 34
Página 0035:
23 DE SETEMBRO DE 2016 35 Importa, assim, garantir que o acesso a estas terapêutica
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 5 36 Porém, a sua regulamentação não faz qualquer re
Pág.Página 36
Página 0037:
23 DE SETEMBRO DE 2016 37 O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada Carla Cruz, há pouco de
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 5 38 a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdade
Pág.Página 38
Página 0039:
23 DE SETEMBRO DE 2016 39 «A Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou a elimi
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 5 40 A este nível, estes foram dos melhores resultad
Pág.Página 40
Página 0041:
23 DE SETEMBRO DE 2016 41 Andante, passe social intermodal da Área Metropolitana do
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 5 42 De duas, uma: ou pretendem cessar a vigência de
Pág.Página 42
Página 0043:
23 DE SETEMBRO DE 2016 43 Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 5 44 Vamos votar, na generalidade, o projeto de lei
Pág.Página 44
Página 0045:
23 DE SETEMBRO DE 2016 45 Srs. Deputados, temos dois relatórios e pareceres da Subc
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 5 46 em comum a problemática da cobrança ou não do I
Pág.Página 46