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13 DE OUTUBRO DE 2016

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de milhões de euros enterrados em PPP (parcerias público-privadas) em detrimento das estradas nacionais e

regionais, depois do desmantelamento de serviços e estruturas técnicas no terreno,…

O Sr. António Topa (PSD): — Isso tem Sócrates!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — … depois de tudo isso, eis que agora o PSD e o CDS foram os dois passear e

descobriram a estrada nacional n.º 2.

O Sr. António Filipe (PCP): — Pois é!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Com certeza, Srs. Deputados, a conservação e a valorização da estrada; com

certeza a requalificação dos marcos e da sinalética; com certeza as tecnologias digitais na promoção e

divulgação; com certeza, estamos todos de acordo. O que é inacreditável é os senhores agora proporem

intervenções de segurança rodoviária quando há um ano e meio chumbavam propostas de intervenção em

estradas onde ainda agora continuam a acontecer tragédias, como há dias foi o caso no IC1.

O Sr. António Filipe (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — O que é inacreditável é virem falar agora de atividades turísticas — a

restauração, o comércio local — na proximidade da estrada quando, na verdade, os micro e pequenos

empresários, nestas atividades e nestes locais, são confrontados com taxas abusivas e inaceitáveis pela

Infraestruturas de Portugal, fruto da lei que os senhores aprovaram.

Da parte do PCP, não haverá obstáculos ou impedimentos a que possa avançar, a partir da estrada nacional

n.º 2, uma estratégia de valorização do território do interior do País, de promoção e divulgação das regiões, do

seu património e identidade, mas queremos deixar aqui uma palavra sobre um pequeno pormenor que parece

ter ficado esquecido em alguns discursos. Falamos das populações locais, falamos de todos aqueles que vivem,

trabalham, estudam nas regiões que são servidas por esta estrada e que, por isso, a utilizam no seu dia a dia.

Falamos das populações afetadas, ao longo de anos e anos, por políticas de direita de abandono do interior, de

encerramento de empresas, de serviços públicos, de postos de trabalho, de imposição de portagens em SCUT.

As pessoas que enfrentam estes problemas, que estão lá, nestas regiões, todos os dias e que precisam desta

estrada e das outras estradas não podem ser esquecidas, como têm sido. Nós somos favoráveis à divulgação

e à promoção turística. Por isso mesmo, saudamos o trabalho no terreno que está a ser feito pelo poder local e

pelo movimento associativo; por isso mesmo, queremos sublinhar que estas regiões do interior do País são algo

muito mais importante do que paisagem para turista ver.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Heitor

Sousa, do Bloco de Esquerda.

O Sr. Heitor Sousa (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo por cumprimentar e saudar a

chegada do PSD e do CDS à promoção e defesa do investimento público no âmbito da proposta que fazem, ou

do convite que fazem, a que a Infraestruturas de Portugal tome em mãos a concretização de um projeto que os

senhores, durante os quatro anos e meio…

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Por que é que não apresentou antes?

O Sr. Heitor Sousa (BE): — … que estiveram no Governo, fizeram — o Plano Estratégico dos Transportes

e Infraestruturas para o País — para um horizonte de 10 anos, mas não se lembraram, nessa altura, de fazer

esta proposta concreta de investimento público. Isto porque, consultando o Plano Estratégico dos Transportes

e Infraestruturas que os senhores aprovaram, não vem lá nenhum investimento dirigido à estrada nacional n.º

2. Provavelmente, os Srs. Deputados do PSD e do CDS, que agora tiveram tempo para fazer o percurso da

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