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I SÉRIE — NÚMERO 13

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ao bolso dos contribuintes, porque pagam todos por igual. Essa é a que vemos agora! Vimos em 2016 e parece

que vamos ver também em 2017.

Mas não é só sobre os impostos que acho que o Sr. Primeiro-Ministro tem de fazer um mea culpa; sobre a

despesa pública e as cativações também tem de o fazer.

Aquilo que lhe queria perguntar era o que é que diz a todos os portugueses hoje, em matéria de saúde,

quando ouvimos as ordens profissionais a dizer que o setor está a colapsar e vemos a dívida no setor da saúde

a crescer exponencialmente — previsivelmente, no final do ano, será o dobro daquela que foi deixada em 2015;

o que é que diz aos doentes oncológicos que não conseguem ter as cirurgias a tempo e são transferidos para

outros hospitais; o que é que diz aos pais das crianças — a Sr.ª Deputada Susana Amador falou disso —, por

exemplo, da Escola Básica António Nobre, que viram as aulas interrompidas porque não havia assistentes

operacionais; o que é que diz aos utentes dos serviços públicos de transportes, Sr. Primeiro-Ministro, aqueles

que estão horas e horas à espera que chegue o metro ou o autocarro, aqueles que tiveram azar, porque nem

sequer conseguiram comprar um bilhete de metro;…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … o que é que diz às forças de segurança, que esperam pelo reforço

de 500 agentes. Era a isto que gostava que o Sr. Primeiro-Ministro também respondesse.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, o Orçamento do Estado dirá

bastante, mas as suas perguntas é que são uma grande resposta, porque, quando o CDS-PP se vem aqui

apresentar como o campeão da defesa do aumento da despesa pública,…

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Não, não! Está muito enganado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … como o campeão da defesa dos serviços públicos, como o campeão da defesa

das empresas públicas, desde os transportes à saúde, diz tudo sobre aquela que é a posição do CDS: não tem,

verdadeiramente, nada a criticar.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Não há mais vida para além do défice?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Aquilo que quer é, pura e simplesmente, procurar colar-se ao movimento do

vento.

Mas, Sr.ª Deputada, há uma coisa que lhe posso dizer, retribuindo, já agora, a gentileza que teve em trazer,

devidamente embrulhados, os seus gráficos.

Neste momento, o Primeiro-Ministro exibiu um gráfico sobre a variação da carga fiscal.

É que a variação da carga fiscal entre os períodos assinalados no gráfico a laranja e roxo — aliás, desculpe,

deviam ser assinalados a laranja e azul, é verdade, porque a Sr.ª Deputada também fez parte desta narrativa

—, ou seja, a carga fiscal em 2013, 2014 e 2015 subiu sempre, de forma decrescente mas subiu, em 2016

decresceu e em 2017 vai voltar a decrescer.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Vamos ver!

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